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Como ficam as crianças no meio do caos no Rio de Janeiro?

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Publicado em 26/02/2018, às 12h02 por Jéssica Anjos, filha de Adriana e Marcelo


Você mora no Rio? Se não vive no estado, com certeza, já ouviu falar sobre a situação da capital carioca que está cada vez mais delicada. Os governantes tentam encontrar meios de diminuir a violência e um dos recursos assustou um pouco alguns pais: colocar o tipo sanguíneo e o fator Rh no uniforme das crianças.

A LEI n° 6062 foi aprovada no fim do ano passado por desembargadores do Órgão Especial do Tribunal de Justiça do Rio para entrar em vigor, nas escolas públicas e privadas, no começo deste ano. Os dados são assustadores: desde 2017, 12 crianças morreram vítimas de balas perdidas e disparos de armas de fogo na região e só este ano mais 3 casos foram acrescentados à esta lista.

O último aconteceu no domingo (25), um menino de 10 anos foi morto com um tiro na cabeça no Morro do Cantagalo, Zona Sul do Rio. Que desespero!

“Eu levei um susto, não pelo fato de ter o tipo sanguíneo no uniforme da minha filha– acho até positivo, mas e se as crianças trocarem de camisetas?”, pergunta Ana Salinas, mãe de Nina.

Nina tem 12 anos e estuda na barra da Tijuca, no colégio MOPI. A mãe contou para a gente que não entende o porquê da medida, já que não são todos os uniformes da filha que estão com o tipo sanguíneo. O de Educação física (aula em que a menina fica mais exposta) não leva a informação estampada. “Eles me disseram que a Lei só pede para ter no uniforme principal, acho que nem todos entenderam o motivo da precaução”, conta.

Doutor Claudio Len, pediatra e pai de Beatriz, Silvia e Fernando, explicou para a gente que a tipagem sanguínea é um procedimento que sempre é feito no hospital quando necessário. “Além disso, não dá para confiar em um uniforme bordado, no meu ponto de vista não ajuda”.

“Precaução”, foi assim que a psicóloga, Betty Monteiro, mãe de Gabriela, Samuel e Francisco, chamou a medida do governo. “Eu sou completamente a favor de tudo que tenta não só proteger a gente, mas também salvar vidas!”.

Betty pediu para as mães se acalmarem e lembrarem que isso não é uma solução. “Vejo que a solução estaria em leis mais efetivas e policiamento, mas vamos pensar positivo? Mais uma medida protetiva para ajudar nossas crianças”.

Já para Mariana Reade, nossa embaixadora e mãe de Maria e Carolina, o buraco é mais embaixo. “Acho inadmissível que o Estado brasileiro permita que seus representantes, os policiais militares, travem tiroteios no meio da cidade, e mais, perto de escolas!”, comenta. Segundo a mãe, se este fato fosse tratado, nossas crianças não iriam precisar de tipo sanguíneo nos uniformes.

Sem criar um bicho papão

Embora nossa colunista Ana Guedes, mãe de Pedro, concorde que a medida assuste, acredita que os pais cariocas devem tomar cuidado na hora de falar sobre o assunto com as crianças. “Fico imaginando como eu contaria isso para o meu filho”, se questionou.

Embora a violência seja um fato, você não precisa criar um bicho papão. “Não vamos transformar esta, em minha opinião, descabida medida assustada do Estado do nosso Rio, em debates com nossas crianças”, pede Ana.

Betty aconselha que a melhor forma de explicar ao seu filho é dizer que caso ele se machuque ou caia durante a aula e precisar um atendimento médico, a informação no uniforme pode ajudar. “Não precisa nem falar sobre bandido”, alerta.

Intervenção Federal no Rio?

Primeira coisa: não é intervenção militar. O que o Senado aprovou no último dia 21 de fevereiro foi uma intervenção federal no Estado do Rio de Janeiro, segundo o jornal O Globo. “As pessoas estão confundindo, porque um general militar está no comando da intervenção”, comenta Erick Elias, que ficou por oito anos no exército e hoje tem uma empresa de segurança, pai de Lucas e Caio. Segundo Erick, a diferença é que intervenção militar é um comando total de uma força armada e neste caso se trata do Governo federal assumindo a segurança pública do Estado do Rio de Janeiro.

Por quê? A violência só cresceu. Só no ano de 2017 foram apreendidos quase 500 fuzis no estado, uma arma de guerra. De acordo com Erick, a polícia usa fuzis, porque os bandidos usam.

A segunda consideração é que a intervenção é temporária. “Após 10 meses, o período determinado pelo Governo, este general deixa de ser interventor e volta ao cargo de general do exército”, explica. Do ponto de vista de Erick, se trata de uma ótima medida de segurança. “A gente sabe que há um impacto na violência, porque o criminoso tem medo do exército, isso diminui as ações dele”.

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