Publicado em 18/04/2022, às 09h08 - Atualizado em 13/10/2022, às 06h54 por Redação Pais&Filhos
A socialização começa na primeira infância, quando os bebês choram, sorriem e cochicham para seus pais e cuidadores. A amizade evolui naturalmente a partir dessas primeiras expressões. Esse relacionamento evolui tão naturalmente que os adultos nem sempre tiram tempo para explicar o conceito aos filhos até que tenham sua primeira briga ou separação entre amigos. “Dar um rótulo à [amizade] desde o início [dá] às crianças uma maior compreensão de si mesmas e de seus colegas”, diz Molly O’Shea, médica pediatra da Goldfish Swim School, uma escola de natação em Bloomfield Township, Michigan, nos Estados Unidos. Hoje, dia 18 de abril, é o Dia do Amigo e, mais do que nunca, te ajudamos com dicas para conversar com seu filho sobre o tema desde cedo!
Você pode começar a falar sobre amizade com seu filho desde os 9 meses de idade dele e, de forma realista, ele vai começar a entender melhor o que é um amigo à medida que começa a ter mais interações com outras crianças e em grupos, por volta dos 2 ou 3 anos. Usar linguagem apropriada para cada idade é essencial – uma criança de 3 anos não tem vocabulário ou a compreensão emocional que uma criança de 9 anos, por exemplo, tem. Especialistas entrevistados pela americana Parents compartilharam dicas de como conversar com seu filho sobre amizade.
Quando seu filho está no primário, ele vai experimentar as brincadeiras mais cooperativas, e neste momento você pode falar sobre amizade desenvolvendo um conceito que ele já estará aprendendo nas aulas: o compartilhamento. “Compartilhamos sorrisos, tempo e brinquedos”, diz Sherry Kelly, Ph.D., psicóloga clínica em Nova York e Connecticut. “Diga ao seu filho: ‘Um amigo é alguém com quem trabalhamos e exploramos juntos. Nós nos divertimos e nos desenvolvemos juntos’”, ela completa.
Quando seu filho entrar no Ensino Fundamental, terá a idade em que começa a compartilhar sentimentos com os colegas, como quando está chateado com algo que está acontecendo em casa. Já na adolescência, os filhos tendem a criar uma certa distância dos pais, então precisam de amigos que compartilhem opiniões honestas com eles enquanto eles tentam tudo de novo – de novos cortes de cabelo, a relacionamentos românticos. Dra. O’Shea indica que você explique desde cedo ao seu filho que amigo é aquela pessoa com quem você pode ser você mesmo, que você pode ser autêntico.
Amigos verdadeiros trazem à tona o melhor uns aos outros. Dizer algo como: ‘Quando você brinca com fulano, sua professora diz que você está se saindo bem ou se metendo em problemas?”, pode ajudar seu filho a descobrir se a amizade está trazendo o melhor dela ou não. Outra ideia é perguntar a ele como se sentiu depois de passar um tempo com algum amigo. Você pode ser mais direta com adolescentes e pré-adolescentes enfatizando que amizades devem ser vias de mão dupla, e para crianças mais velhas você pode perguntar o que ela está ganhando com aquele relacionamento, indica Dra. O’Shea.
À medida que seu filho começa a brincar e frequentar a escola, ele pode falar com você sobre os problemas que pode estar tendo com outras pessoas. Tente resistir à vontade de querer “consertar” logo de cara. “Na primeira ou nas duas primeiras vezes que seu filho vier até você com alguma reclamação sobre algo que aconteceu com um amigo, pode ser bom você apenas ouvir e dizer: ‘O que você acha que deveria fazer na próxima vez?’”, O’Shea sugere. Essa pergunta capacita seu filho a assumir controle de suas amizades.
Agora, se seu filho vier com esse tipo de reclamação várias e várias vezes, diga algo como: ‘Por que você ainda acha que está tendo problemas com esse seu amigo?’, indica a especialista. “Se ele não consegue chegar a uma conclusão, diga: ‘O que torna essa pessoa um bom amigo? Por que você quer continuar amigo dessa pessoa?’. Faça uma avaliação das qualidades da pessoa e de coisas que você não gosta, e veja qual delas é maior”, diz.
E é importante reforçar que os especialistas concordam que você não deve colocar palavras na boca do seu filho. “Aprendemos com os nossos erros”, diz Dra. O’Shea. “É muito importante que os pais permitam que seus filhos tenham sentimentos feridos, recuperem-se disso, descubram como é ter uma amizade que é confusa, mas real, em vez de apenas uma série de encontros”.
Dito isso, ainda assim existem momentos que você deve intervir nas amizades. Se uma criança está sofrendo bullying, apresentando sintomas de ansiedade ou depressão, uma abordagem mais direta é necessária. Seja transparente com seu filho – afinal, você quer que ele confie em você e fale com você sobre os problemas dele. “Diga algo como: ‘Eu sei que você quer manter a amizade, mas me chateia ver você tão chateado. Vou fazer você dar uma pausa nisso tudo, vamos fazer isso em vez daquilo’”, a Dra. indica.
Não queremos apenas ensinar às crianças que um amigo deve trazer à tona o que há de melhor nelas, mas que elas devem trazer à tona o que há de melhor em seu amigo. O primeiro passo para isso, que pode ser feito desde a infância, é dar um bom exemplo. Ou seja, evite falar negativamente sobre seus próprios amigos na frente de seus filhos e, em vez disso, permita que eles vejam você parabenizar uma pessoa por uma promoção recente, por exemplo.
Com crianças menores, reforce o bom comportamento. Você pode dizer algo como: “Gostei de como você ajudou João a sair do escorregador quando ele caiu”, sugere Dra. O’Shea. Você também pode elogiar as crianças pela maneira como tratam os irmãos e até os animais de estimação. Incentive atos de bondade e empatia à medida que elas envelhecem também, como fazer um cartão para um amigo doente, por exemplo.
Se você não sabe bem como encontrar palavras para ajudar seu filho a encarar as amizades, livros e desenhos podem ser ferramentas valiosas para ajudar nesse processo. Veja alguns exemplos abaixo:
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