Colunas / Vida de equilibrista

Falta prejudica, excesso intoxica

Não há um jeito certo de criar os filhos, mas o melhor caminho é escutá-los - iStock
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Publicado em 19/05/2022, às 08h52 por Cecilia Troiano


Talvez esse seja um daqueles temas eternos na vida das mães equilibristas: estou dando atenção suficiente para meus filhos? O que vale mais, qualidade das horas ou quantidade de horas? Em algum momento de nossas vidas como mães e pais, certamente já nos fizemos esses questionamentos e nem sempre chegamos a respostas satisfatórias.

Não há um jeito certo de criar os filhos, mas o melhor caminho é escutá-los
Não há um jeito certo de criar os filhos, mas o melhor caminho é escutá-los (Foto: iStock)

Talvez porque não haja mesmo uma resposta tão direta quanto gostaríamos de receber. Mas foi pensando em algumas perspectivas sobre essa questão de tempo com os filhos, que divido com vocês algumas coisas que para mim fazem muito sentido. Vamos lá!

  • Não pensem que nossos filhos nos querem 100% ao lado deles. É talvez uma fantasia ou um desejo nosso, mas não necessariamente deles. O que devemos é garantir um mínimo de segurança e de rotina. Para filhos menores e até para os adolescentes, é importante a mãe e o pai manterem uma programação, na medida do possível. Hora para sair e para chegar, dias regulares em que leva ou busca filho na escola garantem uma previsibilidade importante para as crianças até uma certa idade. Não é estar disponível o tempo todo, mas, sim, nas horas combinadas e acordadas entre a família.
  • Cada filho tem uma demanda própria. Aliás, quem tem mais de um filho sabe bem disso. Para uns, 15 minutos com a mãe ou com o pai já são suficientes para abastecê-lo emocionalmente. Outros, mesmo após 3 horas de dedicação integral dos pais, ainda sentem que precisam de mais. Olhar para seu filho e ver qual é a necessidade dele é a melhor saída. O outro filho do mesmo casal ou a filha da vizinha não servem como medida de tempo. Vale, sim, a máxima, cada filho é um filho e pede um tempo próprio.
  • Não se enganem: estar disponível por celular não é o mesmo que ser uma mãe ou pai presente. Afeto e carinho ainda não são possíveis apenas virtualmente (e eu diria felizmente). Nada substitui o olho no olho, o pegar na mão ou um ‘boa noite’ ao vivo. Claro que celular, WhatsApp e redes sociais são bons e úteis apoios. Mas é assim que devem ser encarados, como apoios e não como substitutos da presença dos pais. Na contabilidade das horas, o peso do virtual não tem o mesmo valor que o presencial.

E, acima de tudo, não me canso de repetir a brilhante frase que ouvi do então pediatra dos meus filhos, Dr. Leonardo Posternak: “A falta de mãe é prejudicial, o excesso intoxica”. Que tenhamos sabedoria para discernir entre a falta e o excesso para nem prejudicarmos nossos filhos, nem intoxicá-los.


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