Publicado em 03/08/2015, às 15h02 por Cecilia Troiano
Nesta semana li um post de uma amiga no Facebook que retornava ao trabalho após 7 meses do nascimento de sua filha. Além do coração apertado pelo distanciamento forçado que o trabalho promove, tal post me fez refletir sobre a questão da amamentação para uma mãe que trabalha fora. Voltar ao trabalho significa ter que parar de amamentar? Ou seja, ser uma equilibrista, conciliar carreira e família, significa dar adeus à amamentação? Não, definitivamente não.
Embora manter o aleitamento materno na volta ao trabalho exija boa vontade e disciplina, para as mães que querem seguir com a amamentação há alternativas. Ouvindo algumas mães e por minha própria experiência de ter amamentado meus dois filhos por 10 meses, reuno aqui algumas possibilidades. Algumas delas exigem a possibilidade de ter flexibilidade no trabalho, outras demandam um esforço das mães. Mas se a mãe quer seguir com a prática, acho que vale a pena tentar uma ou mais dessas alternativas. Vamos às dicas:
No meu caso, fiz um pouco de cada uma das alternativas acima, dependendo do dia, das demandas da empresa e do que sentia que meus filhos precisavam. Não me arrependo, por exemplo, de ter levado o Gabriel para uma reunião em Buenos Aires, quando ele tinha 5 meses. Lá fomos eu e ele. Como estaria em reunião durante dois dias num hotel, hospedei-me no mesmo local da reunião e com uma amiga que morava em Buenos Aires na época contratei uma baby-sitter que ficava com o Gabriel enquanto eu trabalhava.
Nas horas das mamadas eu escapava e o encontrava para “nosso” momento. Claro, tudo isso exigiu organização, flexibilidade, uma dose de confiança na baby-sitter e uma pitada de coragem. Além, claro, do custo para essa viagem a dois, que no meu caso, foi ajudada pela empresa. Olho para trás com muitas saudades dessa viagem, daquele cansaço delicioso e de à noite, enquanto os outros profissionais saiam para celebrar, eu ficava juntinho do Gabriel, curtindo aquele momento.
Essa lista de possibilidades, com certeza, não esgota todos os caminhos possíveis. Afinal, cada caso é um caso, cada bebê tem sua personalidade e cada mãe tem uma demanda única. Além disso, tudo depende do tipo de trabalho da mãe, uns mais e outros menos flexíveis, da logística do deslocamento, do apoio que ela tem em casa, entre outras coisas. De toda forma, acredito mesmo que é possível, para muitas mães equilibrar o aleitamento materno e a carreira, mesmo que a intensidade de ambos precisem ser reorganizadas, pelo menos por um tempo.
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