Publicado em 14/06/2019, às 14h36 por Dr. Rodrigo Rosa Filho
É o espermatozóide que carrega a carga genética do pai que será transmitida ao bebê. Durante o ato sexual, para o esperma ejaculado migrar até a vagina e alcançar o óvulo no interior das tubas, o espermatozóide deve ter integridade e capacidade. Se ele estiver inadequado, com danos ou deficiência, poderá causar falhas repetidas de fertilização ou abortos de repetição.
A fragmentação do DNA espermático
O espermatozoide carrega os genes que contém o DNA, fundamental para a formação do embrião. Se este DNA estiver danificado diminui a possibilidade de gravidez e aumenta a chance de aborto.
O estilo de vida é uma das causas para a fragmentação do DNA. Os poluentes do meio ambiente, o cigarro, álcool, drogas, anabolizantes, a má alimentação e o sedentarismo
impactam negativamente na qualidade do esperma.
Quanto maior o índice de fragmentação, menor será a capacidade de fecundação. É estabelecido como normal um valor máximo de 30% de fragmentação. Acima disso, a fertilidade está comprometida.
Aproximadamente, 25% dos pacientes inférteis apresentam níveis elevados de fragmentação. E 10% dos pacientes normais apresentam esses níveis alterados. Portanto, a fragmentação do DNA deve ser considerada como um critério independente e complementar aos que avaliam o espermograma convencional, que inclui análise de concentração, motilidade e morfologia.
Alguns estudos determinam que o uso de antioxidantes como a vitamina C e E durante dois meses diminuem a porcentagem de fragmentação do DNA. Outra opção que tem demonstrado resultado é o uso do antibiótico e anti inflamatórios poucas semanas antes do início do tratamento.
Com a avaliação e o respectivo tratamento é possível aumentar as chances de sucesso de gravidez e diminuir as chances de aborto.
Pesquisa da fragmentação do DNA espermático
A PICSI (Seleção de espermatozoides funcionais) é um recurso laboratorial utilizado no tratamento de fertilização in vitro que seleciona os melhores espermatozoides para serem injetados no óvulo de um modo semelhante ao que ocorre naturalmente no organismo.
No procedimento, o esperma é colocado em uma placa laboratorial contendo Hialuronidase (Hyalozima), substância que atrai os espermatozóides de melhor qualidade, com menor fragmentação do DNA e chances menores de anomalias cromossômicas. Os melhores espermatozoides são isolados e encaminhados para a fertilização in vitro.
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