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Alimente os sonhos da sua filha

arquivo pessoal

Publicado em 13/07/2019, às 14h42 por Rafaela Donini


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Quantas vezes elogiamos uma menina pela sua beleza, mas o menino por suas conquistas? (Foto: arquivo pessoal)

Você já reparou que em algum momento da infância muitas meninas ousadas, destemidas e molecas passam a se comportar de maneira mais tímida e recolhida? Não é apenas impressão. Estive lendo estudos focados na primeira infância que chamam essa “transformação” de “dream gap”: o momento em que as meninas se retraem e deixam de sonhar alto – como os meninos (quantos sonhos você abandonou na infância?).

Essa mudança de comportamento tende a acontecer cedo, por volta dos seis anos: a idade em que muitas meninas deixam de pensar que podem ser e fazer qualquer coisa. Será que nós, pais, contribuímos para isso, mesmo sem querer? Sim. Pesquisa de 2017 da OECD (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) aponta que as meninas têm 3 vezes menos chance de ganhar um brinquedo científico. Já o Google revela que os pais pesquisam duas vezes mais a frase “meu filho é talentoso?” do que “minha filha é talentosa?”. Qual a consequência disso? As meninas perdem a confiança em suas próprias capacidades.

Traduzindo para gestos do dia a dia: quantas vezes elogiamos uma menina pela sua beleza, mas o menino por suas conquistas? Não há problema algum em elogiar: a questão é limitar e dividir o que admiramos nas crianças e o que esperamos delas. Você alimenta o sonho prematuro de sua filha ser uma campeã de futebol ou vôlei, uma engenheira genética ou expert em tecnologia?

Vários estudos já mostraram que as meninas, mesmo as primeiras de suas classes, se acham menos inteligentes que os meninos, provando que essas crenças limitantes se estabelecem super cedo.

Sonhar, imaginar novas possibilidades e ter ideias originais possibilitam inovação e descobertas. E as meninas não devem ficar de fora de um futuro que depende justamente de inovação e mentes brilhantes. E como se estimula isso na infância?

Eu aplico lá em casa o que a intuição e a lembrança da minha infância mandam (e os especialistas corroboram): muitas brincadeiras livres, jogos e atividades de exploração (principalmente na natureza). Para reforçar a coragem de a criança ser o que ela quiser, é preciso brincar e experimentar muito. E quanto mais rica a brincadeira, mais ousadas, criativas e destemidas serão nossas meninas.

Um beijo e até a próxima,

Rafa Donini.

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Palavras-chave
Comportamento Família Educação Criança pais

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