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O que esperar dos brinquedos neste ano: uma luzinha no horizonte

Saiba alguns destaques da Abrin 2023 - iStock
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Publicado em 13/03/2023, às 07h40 por Patricia Camargo e Patrícia Marinho


Para brincar, as crianças precisam de três coisas principais: tempo, espaço e objetos. Na categoria objetos entram, sim, brinquedos. É por isso que no Tempojunto estamos sempre antenados com os rumos desta indústria e como nós, mães, pais, tios, avós, família podemos navegar neste oceano de opções sem se afogar em consumismo, modismo e qualquer “ismo” que não coloque a criança no centro do assunto.

Na maternidade, estamos sempre nos reinventando
Saiba alguns destaques da Abrin 2023 (Foto: iStock)

E já de cara também vamos tirar um pouco da culpa que todo mundo tem ao comprar um brinquedo: não tem essa de brinquedo educativo. Isso é um jeitinho simpático de tentar separar os brinquedos em categorias “brinquedo do bem” e “brinquedo do mal”. Esquece isso. Se é brinquedo, automaticamente é para o desenvolvimento das crianças. O importante é ter diversidade de funções, de materiais do que é feito, de formatos. Poucos, se for o caso, mas diversos.

Indo para a análise de “tendências” em brinquedos 2023, há modismos que se consolidam por ser o fácil. Um exemplo é o personagem da vez. O brinquedo é o mesmo, por exemplo, um quebra-cabeça. Mas ele é replicado inúmeras vezes, variando somente o personagem que está em voga entre as crianças no momento.

Há vários exemplos assim e este é um formato que vai existir sempre. Então, evite a tentação de comprar a mesma coisa repetidas vezes só porque tem uma roupagem nova. E se for escolher o personagem, que tal pensar num que além de tudo transmita uma boa mensagem, seja inclusivo, perene? Colecionar requer perseverança

Outra tendência que era “in” nos anos 70 e 80, depois virou “cringe”, voltou na última década e deve seguir firme: colecionáveis. Também há de todas as formas: a pelúcia fofa de olhos grandes, o carrinho, os cards, os bonecos do tipo família que ganham mais e mais acessórios. Bom, colecionar é um hobby que tem muitos benefícios. Entre eles estão a paciência, a perseverança, o sonho cultivado, a organização, a responsabilidade e cuidado.

Ou seja, se é para começar uma coleção, é para tudo isso ser parte deste brincar. Se for para comprar toda a coleção de uma vez… Bom, não é coleção, é desperdício de dinheiro e consumo exagerado. Se seu filho estiver na Primeira Infância, meu conselho é resistir à tentação. Vai passar. Se ele for mais velho, vale conversar junto sobre o que é colecionar e escolherem uma coisa só primeiro para ver se funciona. Use bom senso.

O que me deixou triste nos corredores da Abrin foi perceber que ainda tem muito do mesmo. Muito plástico, muito brinquedo malfeito, muita repetição. Os brinquedos chamados STEAM (que são relacionados com ciência, descoberta, matemática) foram uma onda que vi em 2020 e seriam uma lufada de ar fresco. Mas foi só brisa mesmo. Uma única empresa na feira toda continua firme inovando com esta linha. Que pena! Mas se você achar nas lojas, saiba que é um ótimo investimento.

E ainda estamos diante da mesma, antiga, fora de moda e chata divisão “brinquedo de menino” e “brinquedo de menina”. Ou tudo rosa ou tudo azul. Houve até quem criou em seu estande a “vila das meninas”, cheia de bonecas e pelúcia (menino não gosta de uma pelúcia?), e a “vila dos meninos”, com, pasmem, brinquedos de raciocínio, de blocos de montar e, claro, carrinhos. Um pouco de diversidade, por favor.

Mas tem uma luzinha que vai surgindo no horizonte e se você quer arrasar na escolha de um brinquedo, pode caminhar na direção da luz. Entre os destaques positivos está as bonecas e bonecos pretos com mais variedade. Ainda é pouco, pois vi um percentual gigante ainda de bonecos brancos. Mas, se você olhar direito, os pretos estão lá. E se olhar com muita atenção também vai encontrar a coleção Down, feita em parceria com a APAE Brasil, bonecas gordas, bonecos cadeirantes. Senti falta ainda de bonecos com feições dos povos originários. Mas a esperança é que cheguemos lá ainda.

Outra coisa boa, é que há mais empresas desenvolvendo brinquedos de materiais como papelão, madeira e tecido. Nada mambembe, muito ao contrário. E sem necessariamente ser “educativo”. Mas ser simplesmente uma cabana de pano, ou um foguete de papelão. Pode buscar sem medo, que muitos são duráveis, de qualidade e trazem a diversidade de materiais que eu citei no início.

Deixei para o final a tendência que veio na pandemia e – amém! – segue firme, criativa e uma excelente pedida para juntar pais e filhos numa boa brincadeira: os jogos. Pense nos tradicionais, que valem ser apresentados aos pequenos. Mas também explore a imensa gama de jogos criativos, inteligentes e brincantes que estão surgindo. Neste ano, meu destaque é para os jogos de bolso, que têm um preço mais em conta e é possível levar para o metrô, o restaurante, a espera do médico e até nas viagens. Troque o celular por um jogo de bolso!

Só, por favor, não se iluda com jogos sem o menor conteúdo ou propósito. No ano passado eu vi com horror o lançamento de um jogo que imitava a vida de um influencer. Voltado para crianças de 6 e 7 anos! Ainda bem que em 2023 a empresa nem o colocou na vitrine. Tomara que tenha sido um fracasso retumbante.

E por falar em celular, vejo crescer a onda de transpor games para jogos físicos, seja de tabuleiro ou em outro formato. Explore isso, aproveite. Oferecer para seu filho a experiência do game no mundo real é uma ótima forma de reduzir o vício das telas.

Vacinação de mãe para filho

Confira o evento de parceria entre a Pais&Filhos e a GSK sobre a importância das vacinas para a proteção e saúde da família toda:


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