Colunas / Nanna Neném

Por um mundo menos chato

Foto: Shutterstock

Publicado em 19/02/2016, às 12h53 - Atualizado às 12h53 por Nanna Pretto


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Eu ainda estava respirando férias. Voltei a trabalhar em modo slow motion e, por aqui, a vida vai começou mesmo quando os meninos voltaram para a escola. Agora eu estou revendo muitas coisas da minha vida, do meu trabalho, fazendo mudanças e, acima de tudo, pensando nos meus erros – para que eles permaneçam lá no passado.

Esta época do ano é assim, né? A gente agradece, pede, se promete e vira a página. Eu não ia pedir nada, não, eu acho que tenho tudo que preciso. Dois filhos lindos, um marido que me atura e me ama como eu sou (tá, quase isso…), trabalho, uma família linda dos dois lados, tenho uma boa sogra, sou uma boa nora… e consigo contar nas minhas duas mãos as pessoas que eu considero grandes amigas.

Aí, nesse tal de agradecer, eu resolvi pedir uma coisa, sim! Eu quero um mundo menos chato. Onde a criança possa dormir até mais tarde, onde a mãe vaidosa e que gosta de um tempo para si não é colocada de fora da rodinha, onde festa em casa é legal e reaproveitar a roupa do irmão mais velho também. Quero um mundo onde você possa parir da forma que quiser, dar peito onde quiser e dar papinha de potinho quando precisar.

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Foto: Arquivo pessoal

Quero um mundo onde as mulheres possam conviver na boa com a barriguinha pós-parto e que o brigadeiro de biomassa de banana verde não substitua a delícia que é lamber uma colher de leite condensado antes dele ir ao fogo.

Às vezes eu me assusto com a quantidade de regras que imponho aos meninos. E constantemente escuto: “poxa, você é chata!”. Muitas vezes eu me sinto chata mesmo. Um porre, aliás.

“Não pode isso”, “só depois do almoço”, “lava os pés”, “tá na hora!”, “desliga o computador”, “arruma os brinquedos”, “essa roupa não combina!” “Sai daí!!!”.

Por isso que a casa da vovó é tão legal!!!

Nessas férias eu tentei ser diferente. A única regra que seguimos em casa (além da grande dificuldade do filho mastigar de boca fechada) foi a de ter respeito. O resto podia tudo. Podia jogar futebol na chuva, dormir de pé sujo, comer jujuba antes do almoço. Podia se acabar no Fifa 16 e construir trezentos mundos no Minecraft.

Me julguem, não tô nem aí. Cansei de ser chata. Essa semana a rotina dos meus bichinhos voltou e eles se readaptaram numa boa.

Então aqui fica o meu pedido: deixa eles serem crianças, poxa!

Foto: Arquivo pessoal

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Palavras-chave
Comportamento Culpa Não

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