Publicado em 23/04/2016, às 06h14 por Nanna Pretto
O texto de hoje é um pouco desabafo, um pouco revolta e um pouco puxão de orelha. Porque tem me indignado muito a forma como as crianças estão sendo criadas hoje pelos seus pais. E meu objetivo não é pagar de mãe politicamente correta, de supermãe ou algo parecido. É apenas dizer: “quer fazer? Faz bem feito”. Já que colocou filho no mundo, faz dele uma pessoa correta, educada e civilizada.
Essa semana tivemos um caso na minha família de Salvador que me fez parar e pensar como é difícil a maternidade nos dias de hoje com tantas diferenças ideológicas e sociais. Uma criança da escola aproveitou o recreio, abriu a mochila e pegou as cartas Pokemon de outra criança (o primo dos meninos) e ainda colocou cartas falsas no lugar.
De onde vem essa referência?
A criança sabe que está fazendo algo errado? Será que os pais conversaram com ela? Ela sabe que a liberdade dela termina quando começa a do colequinha e que não pode pegar o que é dos outros?
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No meu condomínio, há um tempo, uma menina deixou um pacote de salgadinho vazio no chão e sem seguida comentou com a amiga: “estou com preguiça de jogar no lixo. Mas a gente paga o funcionário da limpeza.” Por acaso na casa dela ela joga o lixo no tapete da sala?
Atualmente, desenhos de repúdio e ódio aos políticos feitos por crianças estampam páginas de portais e perfis das redes sociais.
E tá certo que existem casos em que o comportamento da criança não condiz com o que os pais ensinam (tenho um menino de dois anos que me mostra diariamente esse tipo de situação com suas birras). Mas, vamos combinar, ultimamente a gente tem cruzado com muita criança sem educação, não é? Aquela educação do dia a dia, que nossos pais nos ensinaram durante o jantar, quando estamos com os mais velhos, quando cedemos o lugar para um idoso ou esperamos a vez do outro para falar. Educação de casa, aquela que ajuda a formar o nosso caráter.
E, para mim, isso é uma mistura de preguiça com terceirização. Pais delegam a criação e educação dos filhos unicamente às escolas. Quando lhes sobra tempo, eles se enfiam nas redes sociais e esquecem de curtir os filhos. O incentivo à cultura é feito por meio de TV e tablet. E a introdução alimentar começa ensinando a criança a abrir sozinha, uau!– o seu próprio potinho pronto de comida.
Não que isso não possa existir dentro de casa. Lá na minha, por exemplo, existe! Mas o lance é: cadê o olho no olho? Cadê a conversa? O papo reto?
Ao meu ver, a responsabilidade da educação das crianças é dos pais e dos familiares. São eles os responsáveis por passar valores, princípios e referências. E ninguém mais pode desempenhar esse papel de forma tão eficaz. Precisamos de uma nova geração consciente e civilizada. A nossa geração errou, mas podemos dar às crianças essa chance de tentar fazer melhor.
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