Publicado em 10/08/2021, às 07h59 por Mayra Gaiato
É uma angústia muito grande quando percebemos sinais de autismo ou outros transtornos nos pequenos. Sejam eles nossos filhos, netos, filhos de amigos… É difícil encarar a realidade e dizer para si mesmo e para quem amamos, que vemos características “atípicas” no desenvolvimento de uma criança.
A primeira etapa do processo é a negação. Pensar no quanto aquela criança é esperta, faz coisas “típicas” e é carinhosa, traz um alívio momentâneo. Porém, voltamos a ficar angustiados assim que notamos os outros pontos que estão diferentes do que esperávamos.
Além da observação e acompanhamento constante que trazem essas dúvidas, algumas vezes as crianças têm alterações no percurso de expressão comportamental, principalmente atrasos na fala, mas que não fecham os critérios para Transtorno do Espectro Autista. E aí, o que pode ser?
Chegar em um diagnóstico de transtorno do desenvolvimento, seja ele qual for, não é um processo simples. Exige um raciocínio clínico profundo e uma equipe multidisciplinar, com especialistas que possam avaliar e discutir sobre o caso para, assim, entender qual a melhor forma de dar suporte para a criança e a família.
Existem diversas possibilidades que os profissionais podem observar e analisar. Outros transtornos também podem causar atrasos ou prejuízos. Alguns deles:
Mas por que a criança tem algum atraso? Pode ser por ter nascido antes do tempo previsto? A prematuridade por si só não justifica atrasos, mas pode ser fator de risco para diversas alterações neurológicas e precisa de investigação caso com o passar do tempo a criança não atinja os marcadores do desenvolvimento esperados para a idade.
Alguns sinais de síndromes começam a aparecer com o crescimento da criança, assim como algumas lesões na estrutura do cérebro. Nesses casos, para a investigação precisamos de exames genéticos e de imagem. Outra coisa importante é avaliar também a possibilidade de deficiência auditiva! Pode ser que esse pequeno tenha problemas para escutar e não ouça bem todas as frequências de som.
As razões são diversas, bem como as hipóteses diagnósticas. Somente a partir da investigação e da estimulação que será possível alcançar respostas e confirmações de quais, de fato, são os desafios. Mesmo assim, não conseguir definir qual é a natureza dos atrasos não significa que a criança não tenha NADA e que seu desenvolvimento estará dentro do esperado para a idade! Se existem comportamentos alterados ou atrasos, precisamos cuidar.
É importante correr atrás de qualquer prejuízo, independente de diagnóstico fechado. Começar cedo a terapia comportamental com equipe multidisciplinar pode fazer toda a diferença no crescimento do seu filhote!
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