Publicado em 10/11/2019, às 14h06 por Dr. Igor Padovesi
Para o primeiro parto, todo o planejamento era pouco e a expectativa estava lá nas alturas. Ela já havia estudado de tudo relacionado ao parto e como professora de ioga e meditaçãotranscendental, tinha aprendido muitas técnicas de relaxamento e meditação pra que o parto fosse o mais “natural” e sem anestesia. Por experiência, eu já tinha informado que o nosso anestesista estaria à disposição de qualquer forma, mas ela estava bem segura de que não seria necessário.
Chegado o grande dia, as contraçõesforam tomando ritmo e nós começamos a nos falar por mensagens. Nessa fase inicial do trabalho de parto, recomendamos que a mulher fique em casa mesmo, monitorando as contrações e falando com a equipe. Porém, poucas horas depois, o marido me ligou preocupado pois ela já sentia muita dor. Disse que ela estava no chuveiro acompanhada pela doulae eu ouvia de fundo os gritos que me deixaram igualmente preocupado com a possibilidade do parto acontecer ali.
Imediatamente acionei a minha enfermeira, Renata, e pedi pra que ela fosse examiná-la em casa e a acompanhasse até a maternidade – já que pela intensidade do que eu ouvia ao telefone, imaginava que o parto já fosse iminente. Pouco tempo depois recebo a ligação da Renata, que tinha acabado de constatar, para a frustração de todos, apenas 3cm de dilatação.
Chegaram à maternidadecomo naquelas cenas de novela, aos berros de dor e com todos achando que o parto poderia acontecer ali no estacionamento ou no elevador. O anestesista já esperava por ela lá e, depois de entrar em ação, tudo se acalmou. Poucas horas depois, recebemos a Helena em um parto normal muito tranquilo.
Dois anos depois, segunda gestação, tudo completamente diferente: ansiedademuito menor, menos planos, menos expectativas. Com a aproximação do parto, só esperava que o anestesista fosse a primeira pessoa a encontrar, desde a primeira contração! E pra nossa surpresa, dessa vez tudo acabou acontecendo como ela tinha planejado para o primeiro parto. Um parto natural, sem anestesia, não por escolha dela – mas porque foi tudo tão rápido que não deu tempo mesmo!
Dessa vez sim, ela chegou à maternidade com o bebê de fato prestes a nascer, mas muito mais calma. E minutos depois de entrar no hospital, antes que o anestesista (e eu mesmo) conseguíssemos chegar, o parto aconteceu.
Por essas e outras que sempre reiteramos que cada gestação é única, cada mulher tem um limiar de dor diferente e reage de maneira diversa diante das dores do parto. E a ansiedade potencializa muito a percepção de dor. Por mais difícil que seja – especialmente para uma mãe de primeira viagem, o bom mesmo é não criar expectativas.
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