Publicado em 04/07/2013, às 19h32 - Atualizado em 22/06/2015, às 10h52 por Redação Pais&Filhos
Quem já passou prefere esquecer, quem está para passar tem medo. Parto é sinônimo de desafio a ser vencido. E nessas horas doloridas que antecedem o momento único que é a chegada de um filho, não à toa chamado trabalho de parto, que mãe não gostaria de ser submetida ao mínimo de desconforto possível? Daí a curiosidade com que foi mundialmente recebida essa semana a invenção da engenheira médica Maayan Pokshivka, apresentada como projeto de finalização de seu curso na Faculdade Afeka, em Tel Aviv, Israel. Trata-se de um dispositivo que permite às mulheres monitorar sozinhas a abertura do colo do útero para saber o momento certo de ir para o hospital dar à luz, teoricamente sem ter de passar por inúmeros exames manuais antes da ida à sala de parto.
Funciona assim. Na reta final da gravidez, um sensor do tamanho de uma moeda é instalado no colo do útero e transmite informações pela tecnologia bluetooth a um receptor, que pode estar em uma pulseira no pulso da grávida, seu telefone celular ou até no hospital. “O que espanta é o fato de que, atualmente, com tantas novas tecnologias sendo usadas na área médica, mulheres ainda são sujeitas a exames manuais para monitorar a abertura do colo do útero, principalmente em um momento tão crucial na vida dela, quando estão prestes a trazer uma nova vida ao mundo”, disse a engenheira à BBC. A nova tecnologia “irá poupar muito incômodo para as mulheres e muito trabalho, tempo e dinheiro para os hospitais”. Para Pokshivka, a invenção também aumenta o poder da mulher, à medida que obtém mais controle sobre o que ocorre com seu corpo.
O momento ideal para que a mulher no pré-parto se dirija ao hospital se dá quando a abertura no colo do útero atinge 8 centímetros. O diâmetro tido como ideal para o parto é de 10 centímetros. “Com o dispositivo, as mulheres não terão de passar por inúmeros exames incômodos e os médicos não terão de perder tempo com esse monitoramento. Eles receberão as pacientes praticamente prontas para o parto”, afirmou a israelense. Ainda são necessários testes clínicos e a aprovação das autoridades daquele país para o dispositivo chegar ao mercado.
O fato é que a dilatação é apenas uma entre as variáveis nesse momento revolucionário pelo qual nosso corpo passa para dar à luz um ser humano. “Toda nova tecnologia é bem-vinda, mas sempre é preciso fazer ressalvas, nenhuma tecnologia pode substituir uma avaliação pessoal, ainda mais neste caso”, dispara a ginecologista e obstetra Bárbara Murayama, especialista em histeroscopia pela Unifesp.
A especialista enumera outros fatores, além da dilatação, que indicam a hora de internação para o parto:
– A posição do bebê.
– Se evolui bem a sua descida pelo canal de parto
– A vitalidade do bebê, que é aferida pelos seus batimentos cardíacos
– Se as contrações estão efetivas e regulares
– Se a bolsa das águas está integra ou rota
– A coloração do líquido para avaliar se o bebê fez cocô na barriga (o que pode indicar sofrimento do feto)
– A dor da paciente, suas angústias, dúvidas
– A necessidade de aplicar anestesia, entre outros
E o exame de toque, um “incômodo” segundo a engenheira israelense, vai muito além de medir a dilatação. “Com ele avaliamos a espessura do colo do útero, que deve ir ficando cada vez mais fino conforme o trabalho de parto evolui, qual é o tipo de bacia óssea da mulher e se o bebê tem condições de passar por ela, as condições da bolsa d’água”, pontua a doutora Bárbara. Vale ressaltar que o exame clínico da paciente não se restringe ao exame de toque, inclui desde a aferição da pressão arterial, passando por avaliação da altura uterina-tamanho do útero e presença de inchaço.
Obstetras têm longo treinamento para conseguir realizar todas as avaliações em um ‘simples’ exame de toque. Muitos parâmetros são realmente subjetivos, porque o ser humano não é exato, em medicina nem sempre 2+2 são 4. “As avaliações devem ser individualizadas, já que uma paciente com 4cm de dilatação pode precisar ser internada, por exemplo, por estar com a bolsa estourada.
Uma nova tecnologia como essa pode somar, assim como o ultrassom vem agregando valor e melhorando a qualidade de assistência, mas não descarta a avaliação pela equipe médica”, finaliza a especialista.
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