Publicado em 15/11/2018, às 15h04 por Cris Guerra
Ele tinha 3 anos quando percebeu a falta do pai em sua vida. Bastou entrar para a escola e comparar sua rotina com a dos coleguinhas pra voltar pra casa com a pergunta: ‘Cadê meu pai?’. Respondi sem rodeios: ‘Seu pai morreu, filho. Antes de você nascer. O coração dele parou de repente’.
Francisco se deitou no chão, tentando reconstituir a cena que não presenciou. Calou-se por um tempo e mais tarde desabafou: Estou muito bravo que meu pai tá ‘morrido’. Deixei claro que seu sentimento era natural e justo. Onde já se viu morrer antes do nascimento do filho? ‘Coisas da vida, filho. Não há o que possamos fazer.’”
A pergunta me pegou de surpresa. Eu ainda estava buscando o caminho para lidar com a minha dor – e acabou favorecendo minha abordagem. Falar sobre a vida de forma direta e simples passou a ser minha tônica com Francisco.
Em seu vocabulário, a palavra morte fica pertinho da palavra pai. É sua história e encarar essa frustração não deixou de ser educativo. Com o tempo, vivi outros relacionamentos e rupturas. Nada foi fácil nem perfeito. Ao me ver cair e levantar sem desistir de mim nem de nós, meu filho aprendeu que a dor faz parte da trajetória.
Talvez a hora certa para falar com uma criança sobre a impermanência seja o momento que sua história pedir. Uma boa oportunidade para ensinar também que não temos controle sobre os acontecimentos – só nos cabe transformar a nossa forma de vivê-los e focar nas horinhas boas.
Se encarar a vulnerabilidade como condição da vida é desafiador para os adultos, isso não significa que o drama será o mesmo para a criança. Talvez o peso maior resida justamente em nosso medo de falar sobre isso.
“‘Um dia nós vamos morrer’, filosofa Charlie Brown. E o Snoopy responde: ‘Mas todos os outros dias nós vamos viver’. Sabedoria, mesmo, é nunca perder esse olhar de criança.
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