Publicado em 14/12/2022, às 07h46 por Com a Palavra
**Texto por Fabiana C.O, idealizadora do projeto Eu posso ser você, que tem como principal objetivo mostrar a importância do autoconhecimento e amor-próprio para mulheres de todas as idades. É estudante de filosofia e tem formação em Negócios da Moda pela Universidade Anhembi Morumbi. Autora do livro Sra. Capa e mãe de Olívia e Alice
Não imaginava que escrever seria mais do que uma profissão. Em 2019, eu descobri que escrever fazia parte de mim e escolhi viver a maternidade com mais intensidade. Confesso que a escolha pela maternidade foi por motivo de saúde da minha filha caçula, mas as vezes eu acredito que o universo apenas me guiou para eu seguir construindo novos planos. Dei as mãos para a insegurança de uma nova profissão e para a maternidade.
Segui cuidando e olhando para minhas meninas. Em vários momentos elas falavam: “Mamãe vendia roupa antes, agora ela, ela… “.Mãe, o que você faz mesmo? Minha garganta ganhava um nó. Eu não conseguia responder. Alguns fantasmas me perseguiam e eu, que nunca imaginei “ficar em casa”, me vi mais presente, as vezes mais louca, e emocionada pela avalanche da maternidade assistida.
Recorri a escrita para desenhar uma nova profissão e explorar pautas que pouco discutimos. Trouxe à tona a presença de uma capa. Escrevendo o livro, percebi o peso da minha. E puxa, como ela pesa mais com a maternidade. Depois que somos mães, por algum motivo, perdemos a opção de falhar. É como se automaticamente depois do parto, toda nossa fragilidade desaparecesse. É algo grande e assustador. No meu processo eu falhei e precisei encontrar espaço para as palavras que me perseguiam. Eu ainda estava de mão dada com a insegurança, mas agora, o cansaço mental e físico me acompanhava. Tinha sobrevivido a uma pandemia.
Quando eu percebi que precisava continuar, pensei no exemplo que eu daria para elas. Eu escolhi finalizar o meu livro e decidi através da minha escrita, ajudar outras mulheres, outras mães e outras filhas. Durante as madrugadas e os rascunhos que eu fazia, eu me achei. Eu virei a mulher que estava escrevendo um livro. Minhas meninas entraram no processo e perguntavam sempre: “Quantas páginas faltam? O seu livro é sobre o que? Qual a sua editora?”.
Alice, minha caçula sempre me falava: “Tchau mamãe, tenha um bom livro”. Já Olívia, minha filha mais velha, com seu dom para matemática um dia me perguntou: “Quantas páginas o seu livro vai ter?”. “Ah! Umas 180”, eu respondi. Ela com toda sinceridade disse: “Vish! Você tem apenas 40, será que você vai conseguir terminar antes de morrer?”. Parece cômico, mas quando escutei aquilo, fiquei assustada. Tive medo dela estar certa e eu não conseguir… Essa pergunta tornou-se rotina. Todos os dias ela fazia as contas. A cada resposta, um sorriso de esperança brotava em seu rosto. O que no começo foi sentido como medo, se transformou em confiança. E eu, em menos de três meses, tive minhas 184 páginas digitadas.
Escrever fez minhas filhas me enxergarem de outro jeito. Elas presenciaram o redescobrimento de uma mulher que não teve receio de ousar e de seguir com o que acreditava. Finalizei meu livro com a sensação de sonho realizado. Tirei o peso da minha capa e mostrei para elas que sempre é possível acreditar, pausar, recomeçar e seguir. Quando os livros chegaram, pude ver o brilho nos olhos delas. Olívia e Alice pegaram em mãos o resultado de um trabalho, de noites mal dormidas e palavras inspiradas em dores e conversas que ainda não tivemos. A cada livro vendido elas comemoram. A cada matéria que eu posto elas falam que eu estou famosa. Eu com meu olhar adulto, acabo não levando tão a sério, mas percebo que o olhar delas é mais intenso, puro e mágico do que o meu. Minha caçula me falou que venderei 100.000 livros. Eu acredito em suas palavras.
Sigo de mãos dada com a minha maternidade, com a minha individualidade e crente que tenho feito um bom trabalho. Mostro o poder de persistir, de acreditar e fazer as coisas com amor. Aos poucos, como mãe, tiro a minha capa para elas me enxergarem e agradeço o aprendizado nesta jornada. Eu virei uma escritora e minhas pequenas junto com meu livro são o meu legado!
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