Publicado em 27/09/2021, às 08h50 por Beto Bigatti
Como chegamos neste assunto depois de sairmos dando risada do restaurante japonês, eu não sei. Era a noite só dos guris, quando a Lu faz outra coisa e nós nos divertimos em programas nossos, e ao entrar no carro, do nada, o assunto era licença-paternidade.
Depois de esclarecer o tempo da licença da mãe e do pai, e um milésimo de segundo após escutar o meu caçula de 8 anos dizer “ah, mas importante mesmo é a mãe”, justificando a diferença de período das licenças, me senti na obrigação de parar o mundo!
“Como assim, fedelho?” foram as exatas palavras que proferi enquanto os três caíamos na risada novamente. A resposta: “Ué, a mãe é que dá de mamar!”. Confesso, fiquei um pouco aliviado. Para o “resto”, me parece, o pai ainda tinha serventia na cabecinha do meu caçula.
Porque, caro leitor, você há de imaginar que sou um pai bastante presente na criação de meus filhos e, portanto, escutar essa declaração foi um soco no estômago. Como não sou besta, aproveitei para falar com meus filhos, possíveis futuros pais, sobre o papel do pai no puerpério. Foi uma troca incrível e sobre isso, prometo falar numa próxima coluna.
Pois bem, mal me recuperei do primeiro baque, veio a indignação do mais velho ao saber que entrou para a creche aos 7 meses. “O quê? Vocês me abandonaram, eu, um bebezinho indefeso, na escolinha tão pequeno?”, disse com tom melodramático.
“Afff”, o que me salva é o amor entregue continuamente nestes quase 16 anos de paternidade. Porque só assim, com este largo alicerce é que pudemos todos rir mais um pouco do teatro do ex-bebê abandonado na creche pelos pais insensíveis.
E por que estou aqui dividindo estes relatos com você, caríssimo leitor, caríssima leitora? Porque não está registrada em manual algum uma lista de respostas para perguntas inusitadas dos filhos. Só a presença e o afeto são capazes de criar uma intimidade sem ressentimentos, uma história sem mágoas, um vínculo sem dor e fornecer as melhores respostas.
Minha ideia aqui é justamente mostrar que é possível, agora no papel de pai e de mãe, construir um caminho sem tantos arranhões. Longe de um comercial de margarina, onde tudo brilha e não há conflitos, mas próximo da verdade de cada um. É com acolhimento e honestidade que se faz uma parentalidade melhor para todos os envolvidos.
E só assim, lá na frente, poderemos todos olhar para o passado de forma generosa, como fizeram meus bebês enquanto planejávamos a próxima noite dos guris.
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