Publicado em 30/05/2024, às 12h00 por Redação Pais&Filhos
Nos primeiros meses de vida, é bastante comum que bebês apresentem refluxo, uma condição caracterizada pelo retorno do leite e outros alimentos do estômago para o esôfago e, eventualmente, para a boca. Esse fenômeno, frequentemente observado após as mamadas, pode se manifestar também horas depois, através de vômitos e regurgitações.
Afetando cerca de 50% das crianças, o refluxo fisiológico é considerado uma etapa normal do desenvolvimento infantil. Segundo o pediatra e neonatologista Jorge Huberman, este tipo de refluxo tende a reduzir significativamente com o avanço da idade da criança, especialmente após a introdução de alimentos mais sólidos na dieta, por volta dos seis meses.
O pediatra Claudio Len, por sua vez, destaca que a causa subjacente ao refluxo reside na imaturidade de uma válvula no final do esôfago. Este mecanismo naturalmente amadurece com o tempo, levando à resolução do problema sem necessidade de intervenção médica específica, uma vez que não representa riscos à saúde da criança.
Ambos especialistas concordam que o leite materno desempenha um papel crucial na alimentação de bebês com refluxo. Por conta da fácil digestão, ele favorece o esvaziamento gástrico acelerado, minimizando a probabilidade de ocorrência do refluxo.
Em contrapartida, existe uma condição conhecida como Doença do Refluxo Gastroesofágico (DRGE), que se distingue pela presença de sintomas adicionais como azia, náuseas e dor de garganta. Nesses casos, é fundamental um acompanhamento médico contínuo durante a infância para monitorar e tratar possíveis complicações associadas ao refluxo.
Os sintomas da DRGE podem incluir engasgos intensos e recorrentes. No entanto, é crucial entender que os sinais podem ser variados e nem sempre específicos para um diagnóstico preciso nesta faixa etária. Assim sendo, o diagnóstico é predominantemente clínico e raramente requer exames detalhados.
Para os casos de refluxo patológico, algumas medidas podem ser adotadas para alívio dos sintomas. Entre elas estão o uso de colchões antirrefluxo, evitar deitar o bebê imediatamente após as mamadas e, em algumas situações, a administração de medicamentos sob orientação pediátrica.
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