Publicado em 01/10/2019, às 07h25 por Cinthia Jardim, filha de Luzinete e Marco
Cientistas japoneses, que realizaram uma pesquisa pela Universidade de Okayama, descobriram que os bebês que são lentamente introduzidos à alimentação possuem o dobro de chances de desenvolverem alergias. O estudo foi feito com 46.000 crianças, sendo realizado a partir dos hábitos de alimentação dos pequenos.
A pesquisa indicou que as crianças que são amamentadaspor mais tempo podem desenvolver alergias à certas proteínas, caso não sejam apresentados à elas com “antecedência”. De acordo com estudiosos liderados pela Dra. Naomi Matsumoto, estima-se que a amamentação “aumente a tolerância oral em jovens com disfunção da barreira cutânea”.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde, é recomendado que todos os bebês sejam amamentados durante seis meses, pois o leite materno protege a criança contra infecções, obesidade e diabetes, como é explicado na revista Allergology International. Algumas alergias alimentares apresentaram resultados mistos, pois anteriormente o eczema, um tipo de dermatose que apresenta lesões na pele, não era considerado como um fator para o aumento das alergias, que podem ocorrer através da sensibilização percutânea.
Foram enviados aos pais dos entrevistados, um questionário sobre todos os bebês nascidos no Japão entre 10 e 17 de janeiro ou 10 e 17 de julho de 2001. As crianças foram divididas em três grupos: um que se alimentava a partir da amamentação exclusiva, parcial, incluindo o colostro, e apenas fórmula. Os resultados mostraram que os bebês que não tiveram eczema e foram amamentados exclusivamente, tiveram mais chances de ter uma alergia alimentar.
O colostro possui substâncias que fortalecem o sistema imunológico da criança contra alergias. Nos bebês, o estudo mostrou que isso pode ocorrer pela introduçãotardia dos alimentos, e que quando se dá o leite da vaca mais cedo, por exemplo, elas possuem uma menor probabilidade de se tornarem alérgicos à ele no futuro. Até o momento, não existem dados em relação à alimentos sólidos, portanto, será necessário pesquisas futuras sobre o assunto.
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