Publicado em 29/09/2023, às 10h54 - Atualizado às 11h01 por Beatriz Rodriguez, filha de Rogeria e Walter
Nesta quarta-feira, dia 27 de setembro, gêmeos siameses nasceram ligados por um osso da coluna. O caso aconteceu no Hospital do Rocio, em Campo Largo, na região metropolitana de Curitiba. As informações sobre os recém-nascidos foram divulgadas pelo hospital local.
O parto dos gêmeos foi uma cesárea e ambos nasceram com o peso de 3,360 kg. A unidade de saúde não divulgou mais informações sobre os pais dos gêmeos. O hospital ainda está elaborando um “plano de tratamento mais apropriado” para separar os meninos. No momento, eles estão em observação para avaliar se é possível realizar uma de uma cirurgia de separação.
“Gêmeos idênticos são provenientes de um único ovo, que acaba se dividindo. Quando essa divisão não é completa, acabam ficando unidos por alguma parte. O mais comum são os unidos pelo esterno, osso que temos no meio do tórax. Além de gêmeos unidos ser algo bem raro, o fato da união ser pelo sacro torna o caso ainda mais raro”, relatou a médica Marina Nunes Machado, segundo informações divulgadas pelo UOL.
Caso raríssimo: gêmeos siameses nasceram grudados pela cabeça, compartilhando um pedaço do cérebro e a principal veia que leva o sangue de volta para o coração. A possibilidade de incidência é de 1 a cada 2,5 milhões de nascidos vivos. Em cirurgia inédita, realizada pelo SUS, foi possível separá-los e realizar a reconstrução craniana de ambos.
Foram nove operações até o momento final de separação. A última cirurgia foi realizada no dia 9 de junho de 2022, uma quinta-feira. Todo o processo foi feito no Brasil, mais especificamente no Rio de Janeiro, via Sistema Único de Saúde. O neurocirurgião pediátrico responsável pelo feito foi Gabriel Mufarrej, que realizou entrevista ao Fantástico, que foi ao ar nesse domingo do dia 31 de julho.
O médico comentou sobre o início da cirurgia: “Teve um momento já às duas horas da manhã, e estava muito difícil. Muito difícil. Eu falei para o Jeelani: ‘será que a gente vai conseguir? Tá tão difícil’. Ele falou assim: ‘eu tenho certeza de que a gente vai conseguir, porque eu tô sentindo a presença de Deus aqui com a gente”
Em determinado momento, ocorreram complicações: “Teve um sangramento enorme. Os anestesistas ficaram muito, assim, em pânico naquele momento. E no segundo momento, foi um momento em que a gente tinha que separar essa veia. Deixar um pedacinho de uma veia para o outro e a outra veia para o Bernardo. Então, nesse momento, foi muito difícil. Teve um sangramento grave, que também nós conseguimos controlar”, conta Gabriel Mufarrej.
Foi então, que Arthur e Bernardo, os gêmeos unidos pela cabeça, foram finalmente separados: “Ah, ninguém conseguiu falar nada. Ficou um silêncio no centro cirúrgico. A emoção tomou conta. Foi muito difícil. Mas foi muito feliz” falou o neurocirurgião sobre o momento de êxtase.
Antônio Alves Batista e Adriely Lima, os pais de Arthur e Bernardo, protagonizaram momentos de choro e muita alegria logo após a cirurgia de 23 horas, quando puderam reencontrar os filhos, já separados.
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