Publicado em 07/03/2018, às 14h04 - Atualizado às 14h04 por Redação Pais&Filhos
Às vezes você pode até desconfiar da gravidez de gêmeos, mas não adianta, é sempre uma surpresa receber a notícia de que vai receber não um, mas dois filhos. Se a gestação de uma criança já precisa de cuidados, com dois são literalmente cuidados em dobro por características particulares. São necessárias consultas mais frequentes, acompanhamento multiprofissional e uma boa maternidade.
Gestação de gêmeos é considerada gravidez de risco, oito em cada 10 gestantes apresentam algum grau de complicação até o parto. Wagner Hernandez, ginecologista, obstetra e pai de Gustavo, explica que isso ocorre porque o corpo da mulher tem a capacidade para o desenvolvimento de um bebê. “Na presença de dois ou mais, essa sobrecarga gera dificuldades.”
Metade dos gêmeos nasce antes de 37 semanas
A idade gestacional média de nascimento deles é de 36 semanas e, quanto mais cedo eles vêm ao mundo, maior é a chance de precisarem ir para a UTI neonatal. Mas não é uma regra. Com um bom acompanhamento e cuidados adequados, os médicos tentam levar as gestações o mais próximo possível de 40 semanas, minimizando os riscos e aumentando as chances dos bebês ficarem no quarto com as mães e de irem para casa de alta com elas.
O risco é maior
A principal complicação nas gestações gemelares é o parto prematuro. Mas há outras como bebês com crescimento abaixo da média, complicações específicas e mais raras de acordo com o número de placentas e de bolsas e também existem riscos para a mãe. Dentre os principais: anemia, hipertensão, diabetes gestacional, depressão e problemas decorrentes do parto.
É possível ser parto normal
Para isto acontecer, depende basicamente de três coisas: a vontade do casal, encontrar um obstetra que tenha experiência neste tipo de parto e que o primeiro bebê no dia do parto esteja virado para baixo.
Os sintomas da gestação são mais fortes
Devido especialmente aos níveis hormonais elevados, as grávidas de gêmeos podem apresentar mais sintomas iniciais, especialmente os enjoos e vômitos.
O número de exames é bem maior!
Em relação aos exames laboratoriais, pouca coisa a mais deve ser feita. Geralmente, um hemograma por trimestre para avaliar uma possível anemia, que é mais frequente nas gestações gemelares, e um exame de urina trimestral em busca de infecção urinária costumam ser suficientes.
A maior diferença é quanto à frequência das ultrassonografias que são quinzenais nos casos em que os bebês compartilham a placenta, para diagnosticar precocemente o fluxo preferencial de sangue para um dos bebês. Quando é uma placenta para cada bebê, a frequência costuma ser mensal, com o objetivo de identificar problemas no crescimento das crianças, avaliar o colo do útero para identificar mulheres com maior risco de parto prematuro e conseguir levar a gestação até o fim.
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