Colunas / Educar com Leveza e Criatividade

Aprendizagem criativa na Educação Infantil

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Publicado em 22/10/2019, às 08h24 por Bianca Sollero


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Você já ouviu falar de “Aprendizagem Criativa”?

É um termo que tem ganhado força em muitas escolas (principalmente as particulares) ultimamente, graças à compreensão de que é preciso que tenhamos mais atenção sobre a criatividade das nossas crianças e jovens neste século 21.

Inspirado nos estudos de Seymour Papert, Mitchel Resnick do Massachusetts Institute of Technology (MIT) formatou essa abordagem com o propósito inicial de que os alunos dos ensino fundamental e médio pudessem voltar a colocar a mão na massa, como recorrentemente faziam na primeira infância. Isso por acreditar que, quando o aluno é parte do processo que constrói o conhecimento, seu aprendizado tem mais significado e é, portanto, absorvido com mais valor. Daí nasceram diversas propostas que se encaixam neste movimento de inovação em Educação vistos hoje com mais frequência: como a cultura Maker e as práticas de PBL (aprendizagem baseada em projetos) e STEAM (projetos que envolvem ciências, tecnologia, engenharia, artes e matemática).

Mas se Aprendizagem Criativa é uma abordagem que nasceu para resgatar a forma como aprendíamos na primeira infância, então o que ela propõe para a Educação Infantil? Neste cenário de quarta revolução industrial, que é caracterizado pelo impacto da inteligência artificial no mercado de trabalho e nas relações pessoais e por um mundo quase totalmente digitalizado, receio que a “Aprendizagem Criativa” venha se resumindo à prática de iniciação à robótica – disciplina que é, sim, extremamente necessária e útil, desde que não se sobreponha ao âmago do agir criativo que está nos interesses intrínsecos de cada criança.

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A inovação em educação que o século 21 nos exige para que seja possível preparar adequadamente nossas crianças para a vida adulta, não deve se resumir ao mundo digital. Não está em nos adaptarmos às máquinas mas, sim, em nos acomodarmos – enquanto HUMANOS – a este novo cenário. O que necessariamente pressupõe ressaltarmos as características que nos diferenciam das demais espécies: inteligência e criatividade – nas suas concepções mais profundas e menos superficiais. A inteligência considera a crítica e a ponderação. E o agir criativo nasce no que nos motiva intrinsecamente. Ambas nos convidam a olhar para dentro mais do que para fora. E eu fico pensando: se família e escola historicamente nos educam apresentando-nos o mundo externo. Quem é que apresenta para a criança seu mundo interno?

Nossas relações com o mundo interior, assim como 90% da nossa inteligência, são configuradas na primeira infância. Por isso, defendo que a “aprendizagem criativa da educação infantil” deve considerar a Tríade da Educação Criativa: Amor, Limites e Liberdade Criativa – tese recém-publicada no meu livro “Pare de perguntar o que seu filho vai ser” (que contém, além disso, outras reflexões sobre o novo educar que nos é urgente).

Portanto, “aprendizagem criativa da educação infantil”, para ser realmente criativa, considerará  a criança no aqui e no agora, no presente. Como ela já é e com o que ela já tem, não como ela deveria ser. Considerará o EU e o SENTIR como pontos de partida.

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