Recém-Nascido

Como acontece a vacinação de bebê prematuro

vacinação bebe-prematuro

Publicado em 29/04/2013, às 12h06 - Atualizado em 13/04/2016, às 08h46 por Redação Pais&Filhos


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Como nasceram antes de estar completamente preparados, problemas nos pulmões e vias respiratórias são maiores nos bebês prematuros, que podem acabar ficando até quatro meses sem as vacinações necessárias.

“A musculatura respiratória desses bebês é comprometida, um prato cheio para vírus e bactérias se instalarem. Quanto menor for sua idade gestacional, maior a probabilidade”, afirma o pediatra Renato Kfouri, pai de Mariana e Luciana, presidente da SBIm (Sociedade Brasileira de Imunizações). Por isso, eles têm direito a vacinas contra as principais doenças respiratórias pela rede pública.

A vacina de Hepatite B, por exemplo, deve ser aplicada em quatro doses, contra duas para bebês nascidos no tempo certo.

Já para tomar a BCG, o bebê deve pesar pelo menos 2 kg. Praticamente todas as vacinas necessárias são fornecidas pelo serviço público, como as contra pneumonia, gripe e coqueluche comum. No caso da VRS – Vírus Sincicial Respiratório ­–, a vacinação gratuita depende de cada estado. “O ideal é que ela seja dada a todos os menores de 32 semanas, mas isso ainda não acontece em todo o Brasil, o que gera diferenças no período em que ela é aplicada. De qualquer forma, a situação deve ser uniformizada em todo o país ainda em 2013”, esclarece o pediatra.

Para garantir a boa saúde dos pequenos, algumas estratégias podem ser seguidas: vacinas após a alta do hospital, vacinas contactantes – em mãe, pai, avós, irmãos, babás e todos que podem transmitir doenças para o bebê – ou vacinação na grávida, que passará os anticorpos para o filho quando for amamentá-lo.

Para se informar mais sobre a importância do calendário de vacinação específico dos prematuros, fique atenta à carteirinha de vacinação (recomendada pela Sociedade Brasileira de Imunizações – SBIm):

Calendário de vacinação do Prematuro

Recomendações a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm)

BCG ID – deve ser aplicada na maternidade, em recém-nascidos com peso maior ou igual a 2 kg

Hepatite B – aplicar a primeira dose logo após o nascimento, de preferência nas primeiras 12 horas de vida, e, posteriormente, as outras duas doses (esquema 0-1 ou 2-6 meses). Nos recém-nascidos com menos de 33 semanas de gestação e/ou com menos de 2 kg de peso ao nascimento, usar o esquema com quatro doses (esquema 0-1-2-6 meses). Os recém-nascidos de mães portadoras do vírus da Hepatite B devem receber, além da vacina, imunoglobina específica para hepatite B até no máximo 7 dias de vida.

Palivizumabe (VSR) – durante o período de circulação do vírus sincicial respiratório (no Brasil, de março a setembro, com exceção da região Norte, de janeiro a fevereiro). É indicado para prematuros com idade gestacional menor de 28 semanas até 1 ano de idade, prematuros de 29 a 32 semanas até 6 meses de idade que apresentem dois ou mais fatores de risco: criança institucionalizada (em abrigo, por exemplo), irmão em idade escolar, poluição ambiental, doenças neuromusculares e anomalias congênitas de vias aéreas. Em até 5 doses mensais consecutivas durante a estação do vírus.

Pneumocócica conjugada – iniciar o mais precocemente possível (aos 2 meses), respeitando a idade cronológica. Três doses: aos 2, 4 e 6 meses e um reforço aos 15 meses.

Influenza (gripe) – respeitando a idade cronológica e a sazonalidade da circulação do vírus. Duas doses a partir dos 6 meses com intervalo de 30 dias entre elas. Caso a criança complete 6 meses após os meses de inverno, pode-se optar por adiar a aplicação no outono.

Poliomielite – utilizar somente vacina inativada (injetável) em recém-nascidos internados na unidade neonatal.

Rotavírus –  os recém-nascidos hospitalizados não devem tomar vacinas com vírus vivos, como a do Rotavírus e a pólio via oral. A vacina tem deve ser dada após a alta hospitalar.

Tríplice bacteriana – preferencialmente usar vacinas acelulares.

Hemófilos tipo B – as vacinas combinadas de DTPa com Hib e outros antígenos são preferenciais, permitem a aplicação simultânea e se mostraram eficazes e seguras para os recém-nascidos prematuros.

As demais vacinas do Calendário de Vacinação da criança devem ser aplicadas de acordo com a idade cronológica. DTPa: vacina tríplice bacteriana acelular

Consultoria:

Renato Kfouri, pai de Mariana e Luciana, pediatra, presidente da SBIm (Sociedade Brasileira de Imunizações), http://www.sbim.org.br/


Palavras-chave
Exames e vacinas

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