Publicado em 02/01/2019, às 13h40 - Atualizado em 30/01/2020, às 19h39 por Rhaisa Trombini, Edileyne e Geraldo
Infelizmente muitas mães abandonam seus animais de estimação quando ficam grávidas por diversos motivos. Medo da adaptação do pet em casa com o bebê, alergias e doenças. Porém, se a família tiver cuidado e preparar o animal para a chegada do bebê, nada pode dar errado.
A mulher do chef Erick Jacquin, Rosangela Jacquin, provou isso com uma foto linda em seu Instagram. Ela acabou de dar à luz os gêmeos Elise e Antoine e na última terça-feira (1) a mãe de primeira viagem mostrou que seu gato ao lado do filho sem preocupação.
Na legenda ela colocou “Johnny o protetor”, pois o pet está só de olho, cuidando do filho de Jacquin. Essa imagem gerou muito elogios no comentários. Com mais de 19.000 curtidas, as pessoas escreveram: “Exemplo de pessoas, Rosangela… enquanto muitos ai, se desfazendo de seus pets quando engravidam…” e “Que exemplo lindo. Isso mostra o quanto é possível sim, criar pets juntos aos filhos, só nos ensina ainda mais, que o amor e o respeito a todos os seres nesse nosso mundão, só precisam disso.”
Porém, a preocupação de alguns internautas vem pela crença de que gatos podem transmitir uma doença tanto para grávidas quanto para os bebês, conhecida como toxoplasmose. A doença é causada pelo protozoário Toxoplasma gondii e pode ser facilmente confundida com um resfriado ou nem chega a ter sintomas.
Porém, em mulheres grávidas, o protozoário pode atravessar a placenta e infectar o feto, ocasionando graves alterações neurológicas ou até abortamento. Os gatos são os únicos animais que excretam nas fezes a forma infecciosa da doença.
Segundo o Dr. Cauê Toscano do Vet Quality Centro Veterinário 24h, os oocistos liberados nas fezes dos gatos necessitam de, aproximadamente, 24 horas em temperatura ambiente para se tornarem infecciosos, ou seja, a remoção diária e o descarte apropriado das fezes da caixa sanitária do gato impedirão o desenvolvimento do estágio infeccioso e a ocorrência da doença.
Assim, desde que haja bom senso e cuidados com higiene, a chance de infecção da mãe gestante é praticamente nula. Além disso, o gato se limpar constantemente, impedindo que o oocisto tenha tempo de se tornar infectante.
A gestante pode fazer teste sorológico para toxoplasmose, de forma a saber se já teve contato prévio com a doença, o que permitirá saber se existe anticorpos contro o agente, reduzindo ainda mais a chance de infecção, mas não há cura nesse caso.
A infecção também pode ocorrer pelo consumo do oocisto em carnes de animais infectados, principalmente carne de porco mal passada.
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