Publicado em 30/08/2013, às 16h47 - Atualizado em 16/06/2015, às 12h46 por Redação Pais&Filhos
Você está assistindo a um jogo de futebol com o seu marido e, de repente, o jogador do time adversário marca um gol. Em um ímpeto de expressar a sua emoção, você solta um palavrão daqueles! E o pior: o seu filho está por perto e começa a repetir o que ouviu. Até os 10 anos, o contato com palavras novas faz com que a criança fique atenta e adore sair por aí dizendo o que aprendeu, sejam expressões “feias” ou não. E se não foi em casa, converse e pergunte onde ele aprendeu aquela palavra. A criança, muitas vezes, não sabe como expressar o que está sentindo. Explique para ela que há outras maneiras de se expressar e por que é tão feio e agressivo usar essa palavra.
Se mesmo assim ela continuar usando esse vocabulário, coloque limites e seja firme como para qualquer outro comportamento inadequado. Toda atitude pode ser revertida. Faça um reforço negativo a todo o momento que ouvir o palavrão e mostre o quanto você está feliz quando ela não usar palavras chulas ou aprendeu palavras novas. Além de sempre elogiar quando ele usa o português corretamente. Mude o foco! Com um pouco de calma e diálogo, seu filho é que vai sair por aí corrigindo os amigos e a família.
Quando aprendem a repetir essas palavras, seus filhos não têm noção do que realmente são. Explique com calma o significado do palavrão para que ele entenda por que não deve falar, que é ofensivo e agride ao outro. Deixe claro que algumas pessoas podem se sentir ofendidas ou assustadas ao ouvi-lo falando assim. E que há ambientes diferentes. De novo o futebol pode ajudar: uma coisa é soltar um xingamento no campo de futebol, outra é no almoço na casa da avó. “É importante que a família passe os seus valores. Dê mais opções ao vocabulário dele e explique que em vez do palavrão, poderia ter falado outra coisa”, orienta a presidente da Associação Brasileira de Psicopedagogia (ABPp), Quezia Bombonatto, mãe de Rodrigo.
É impossível impedir que a criança, em algum momento, fale palavrão. Ele vai aprender, seja na escola, com vizinhos ou até mesmo em casa, em situações como a do jogo de futebol. Kelly Hoffmann, mãe de Fernando e Bruna, admite que deixa escapar de vez em quando. “A Bruna, de 5 anos, nunca falou. Já o Fernando, de 3, adora repetir! Ele já sabe que é errado, até muda a feição do rosto porque sabe que não está fazendo a coisa certa. Na hora que acontece, a gente já repreende e explica. A melhor opção é conversar e dizer que aquilo é feio, que a gente não acha bonito”, conta. “É duro assumir, mas eu falo palavrão. Em algumas situações é praticamente impossível segurar. E as crianças acabam ouvindo: e aí, como fazer? Eu peço desculpas prontamente e já falo que é feio e não se deve repetir”, complementa.
Leia a reportagem “Não quero ser exemplo”, publicada na edição de agosto da Pais & Filhos
Se a família tem o hábito de usar esse tipo de vocabulário, a tendência é que as crianças acompanhem. É o que explica Quezia Bombonatto: “Quando a mãe ou pai tem esse hábito, fica difícil repreender. Se a família se propõe a dar uma educação com palavras que não sejam chulas, é importante pedir desculpas para o filho e explicar que errou quando isso acontece”, explica. Ela ressalta, ainda, que o processo educacional é mais difícil nos dias de hoje, com a influência da mídia. Ouvimos muitos palavrões na televisão e isso acaba por persuadir a criança.
Segure o riso
Ao ouvir o filho falando palavrão, muitas vezes, os pais acabam achando graça. Isso pode acabar por incentivar a criança a continuar, porque ela entenderá que está agradando. Na realidade, o correto é que você não passe mensagens diferentes para o seu filho, deixando sempre claro o quanto não gosta que ele diga coisas assim. “Corrija na hora que a criança falar o palavrão. Se ela continuar, deixe claro que você vai repreender”, explica Quezia. Se a criança estiver em um momento de raiva, explique que é possível usar outra palavra para se expressar.
Na escola
Verifique como o seu filho se comporta na sala de aula, conversando com os professores. “A escola deve cercear esse tipo de comportamento e o professor não deve admitir palavrão em sala de aula. Se isso continuar acontecendo, inclusive no recreio, é interessante que a instituição converse com o grupo. Seja sempre parceira da escola do seu filho”, aconselha a psicopedagoga.
Mas não adianta ficar dependendo apenas da orientação escolar. Se perceber que os colegas da criança estão falando palavrão, mostre para o seu filho que ele não deve repetir o que está escutando e o quanto é feio. Converse para que ele não trate os amigos dessa maneira e vice-versa. Sugira que ele se coloque no lugar do outro: “Você gostaria que o seu amigo te xingasse?”
Consultoria
Quézia Bombonatto, mãe de Rodrigo e presidente da Associação Brasileira de Psicopedagogia (ABPp).
Tel.: (11) 3815 – 8710
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