Publicado em 12/07/2022, às 08h57 - Atualizado às 09h17 por Redação Pais&Filhos
Os advogados de Giovanni Quintella Bezerra, médico anestesista, confirmaram nesta terça-feira (12) que não vão mais trabalhar na defesa do funcionário da saúde, o qual foi preso em flagrante por estuprar uma mulher em trabalho de parto dentro de uma sala de cirurgia em São João do Meriti (RJ).
Em nota, os advogados disseram: “O Escritório Novais Advogados Associados informa que não possui interesse na contratação dos serviços do caso do Médico anestesista, desejando sorte na defesa com seu futuro patrono”.
O anestesista, que foi preso em flagrante, já está sendo indicado por estupro de vulnerável, crime que tem pena de 8 a 15 anos. Ele foi preso após vídeo gravado por enfermeiras do Hospital da Mulher, em Vilar dos Teles, que provam o crime cometido pelo atuante da área da saúde.
No vídeo gravado pelas funcionárias, a vítima aparece deitada e inconsciente durante o parto. Do lado direito do lençol, sempre usado em cesarianas, o médico aparece colocando o pênis para fora e introduzindo o órgão da boca da mulher. O ato durou por volta de dez minutos e ocorreu após o nascimento do bebê, logo após a saída do marido da paciente do ambiente, com esta ainda inconsciente devido a alta quantidade de anestesia recebida. Do outro lado do lençol, a menos de um metro de distância, estava a equipe médica trabalhando no nascimento do bebê. Antes de ser flagrado, o anestesista já havia participado de outras duas cirurgias e anda sendo acusado por outros estupros de outras mulheres que passaram pelo trabalho de parto.
Além do caso realizado nesta semana, uma jovem de 23 anos afirma que teria sido estuprada durante cesárea no mesmo hospital no dia 6 de julho. A mãe da vítima explicou que a jovem estava completamente dopada após o procedimento, tendo acordado apenas na noite do dia seguinte. Ela também conta que a filha estava com uma mancha branca no pescoço quando acordou, mas, na época, a família achou que teria sido um procedimento do hospital.
A delegada responsável pelo caso, Bárbara Lomba, afirmou que haverá investigação e que é necessário “puxar o prontuário, ver por que [houve] a sedação, verificar qual era a equipe presente e quais procedimentos ele [o anestesista] adotou”.
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