Publicado em 22/06/2018, às 14h23 - Atualizado às 14h25 por Redação Pais&Filhos
As nossas colunistas Taís e Roberta Bento escrevem sobre o universo escolar das crianças. Dessa vez, elas falam sobre as frustrações dos pais em relação a rotina do filho na escola – e tudo bem deixar que ele se chateie nessa fase, faz parte!
“Já estamos no mês de junho. Lá se foram cinco meses do ano e, pelo menos, quatro deles seu filho já tem de convivência com o ambiente escolar. Ainda assim, continuamos a ter a mesma ansiedade de pais desesperados para que a escola se adapte à rotina de seus filhos.
No início do ano é compreensível que os pais estejam preocupados com a adaptação à escola. Querer conhecer a escola e conversar com a coordenação ou professora é bom e recomendável. Se você continua na mesma intensidade nessas conversas com a escola, quatro ou cinco meses mais tarde, algo não vai bem. E, na maioria dos casos, são os pais que estão passando do ponto!
Passar do ponto significa não confiar na escola que você mesma escolheu para seu filho. Não há lugar melhor para uma criança se arriscar do que na escola. Ali está o segundo ambiente mais propício para que a criança enfrente uma simulação do que virá ao longo da vida.
Dentro de casa, sob os cuidados dos pais, a segurança é maior, porém a realidade é limitada em termos de representação de mundo. A realidade da família moderna acaba por criar um ambiente de superproteção, tirando dos filhos as chances de se prepararem para o mundo real, aquele sobre o qual os pais não terão controle, mas que não poderão evitar que seus filhos enfrentem um dia.
A escola é a salvação dessa criança. O problema é que muitos pais acabam por manter a visão de que levam seus filhos para a escola para que aprendam a ler e escrever, para que se tornem ótimos alunos, capazes de passar nas melhores faculdades. Não, pai. Sinto muito, mãe. Se você pensa assim, está em tempo de rever seus conceitos. Os conteúdos estão cada vez mais disponíveis e ao alcance em diversos formatos. E até mesmo para que os conteúdos possam ser dominados, a convivência em um ambiente que não foi construído e totalmente adaptado para seu filho é um dos grandes segredos do sucesso.
Ao escolher a escola, seja minuciosa. Pesquise, converse com outros pais, faça visitas em horários variados. Passada essa fase, deixe que seu filho enfrente e aproveite as oportunidades únicas que o dia a dia em grupo oferece. Aceite as regras da escola. Ensine, na prática, seu filho a respeitar o que ali foi determinado como essencial para que todos possam crescer e aprender.
Tentar convencer a escola a mudar para se adaptar ao seu filho pode até atrapalhar um pouco o dia a dia dos profissionais que zelam pela educação de seu filho. Mas o prejuízo maior não é para a escola; seu filho será o grande prejudicado! Desde pequeno haverá danos para o processo de aprendizagem. E lá na frente, na juventude ou na vida adulta, vem a cobrança mais pesada e para a qual não há reunião com a coordenação que resolva.
Sim, há como evitar uma adolescência complicada e tumultuada. A escola é seu maior aliado, acredite. Depois do próprio lar, a escola é o lugar mais seguro para seu filho aprender a lidar com a frustração!”
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