Publicado em 14/07/2021, às 10h45 - Atualizado em 17/11/2022, às 13h11 por Cinthia Jardim, filha de Luzinete e Marco
A gravidezquímica é muito mais comum do que se imagina, pois a situação geralmente acaba passando despercebida para muitas mulheres. O fato de ser silenciosa, ou apenas causar um pequeno atraso menstrual, não dá indícios de que houve um aborto espontâneo muito precoce, causando medo, tristeza e frustração para as tentantes.
Para tirar as principais dúvidas sobre o tema, conversamos com o ginecologista e obstetra, Dr. Igor Padovesi, colunista e embaixador da Pais&Filhos, pai de Beatriz e Guilherme. Entenda como é possível identificar uma gravidez química e quando ela precisa ser investigada por um médico especialista.
De acordo com o obstetra, a gravidez química é, na verdade, um abortomuito precoce. “Quando a mulher engravida e acontece a fecundação, o embrião se implanta no útero e isso leva ao início da produção do hormônio beta hCG, que pode ser identificado no sangue e na urina”.
Além disso, por ser uma perda que acontece de maneira muito rápida e antecipada, a gravidez não chega a se desenvolver muito além dos primeiros dias. O termo gravidez química é usado porque “só é possível identificar a gestação devido a dosagem do beta hCG” no organismo da mulher.
Como muitas mulheres não sabem que estão passando por uma gravidez química, é provável que não sejam realizados exames quando a menstruação atrasa por alguns dias. As causas da situação ainda não são claras, mas pode ser relacionada com alterações genéticas, que não permitem a continuidade e desenvolvimento daquela gestação.
Por ser uma situação bastante silenciosa, geralmente a gravidez química não apresenta nenhum tipo de sintoma. O que geralmente acontece é a mudança do resultado do teste de gravidez, que pode passar de positivo para negativo em alguns dias ou semanas. Isso acontece por causa do hormônio beta hCG, sendo o único indicativo.
Quando isso ocorre – e é percebido – é importante que a mulher descarte outros possíveis diagnósticos como a gravidez ectópica, na qual acontece nas trompas ou em outros lugares. Mas, vale lembrar que a gravidez química e ectópica são bastante diferentes, devido aos sintomas e de não haver a negativação do beta hCG. Tire as principais dúvidas sobre a gravidez ectópica.
Sim! De uma maneira geral, a gravidez química não compromete a fertilidadeda mulher. Nos próximos ciclos, caso o casal esteja tentando, é possível engravidar novamente. Mas, caso os abortos de repetição sejam recorrentes, não existe em procurar um médico especialista para uma melhor investigação do caso.
Não existe um tempo mínimo ou máximo exato, mas o beta hCG começa a ser produzido assim que o embrião é implantado no útero da mulher. “Quando a perda acontece, o hormônio deixa de ser produzido imediatamente. A partir disso, os níveis no sangue vão caindo até zerar em alguns dias”, comenta Igor Padovesi.
Sim, e além de ser possível é algo bastante comum. Muitas vezes, a mulher nem chega a saber que estava grávida, pois, aparentemente, se dá a entender que houve uma alteração na menstruação, ou um pequeno atraso, resultando no sangramento. “Se ela não chegar a fazer um teste de gravidez, não irá saber sobre a gestação”. Vale lembrar ainda que a gravidez química pode acontecer mais de uma vez.
Infelizmente, não é possível evitar um aborto espontâneo. Segundo Igor Padovesi, quase todos os abortos de primeiro trimestre possuem causas genéticas, que acontecem por problemas de formação dos gametas. “Geralmente, essas questões são genéticas e dos cromossomos, que são incompatíveis com a vida”.
Apesar do nome causar certo receio, a gravidez química não causa riscos ou consequências maiores para a saúde. Mas, é importante reforçar que se ela acontecer consecutivamente é superimportante investigar as causas do aborto de repetição. As análises podem começar a partir da segunda ou terceira vez.
Para compreender mais sobre a gravidez química, é importante saber como os testes de gravidez funcionam de fato. No caso dos de farmácia e os realizados em laboratório, é possível detectar se há produção do hormônio beta hCG, que é produzido quando o embrião é implantado, logo no início da gestação. Saiba tudo sobre teste de gravidez e como fazer.
Apesar de existir um certo receio quanto aos testes de gravidez de farmácia, eles possuem uma alta taxa de acerto, desde que todas as instruções sejam seguidas: seguir o passo a passo da bula, checar o prazo de validade e realizá-lo na data correta. Vale lembrar que tanto para o teste de farmácia, como para os exames de laboratório, é importante aguardar de uma semana a 15 dias de atraso menstrual.
Em um recipiente limpo, reserve a primeira urina do dia – a recomendação ajuda a detectar com mais facilidade a presença do Beta hCG. Mas, se a menstruação já estiver atrasada há alguns dias, pode ser utilizada outra urina do dia. Em seguida, abra o teste de gravidez e introduza na urina até a marcação estabelecida. É muito importante que ela não seja ultrapassada! Tampe o teste e espere o resultado por, geralmente, cinco minutos.
O modelo mais comum é aquele representado por riscos, que irá indicar se a mulher está ou não grávida. Além disso, é possível encontrar também o formato digital, que indica até mesmo uma previsão de semanas da gestação. No primeiro caso, pode-se ler o resultado como:
Com uma grande variedade de modelos e tecnologias, os testes de gravidez de farmácia mais simples costumam variar entre R$ 5 e R$ 10. Já o modelo digital, que indica a contagem aproximada de semanas da gestação fica em torno de R$ 40 a R$ 50.
Para realizar o exame de sangue, não é necessário que a mulher esteja em jejum ou faça qualquer tipo de preparação. O teste também pode ser feito pelo exame de urina, a partir da primeira semana de concepção, indicando ou não a gravidez. Além de serem rápidos, são simples e seguros.
Apesar de estar disponível de maneira gratuita pelo SUS e também ser coberto por diversos planos de saúde, o exame também pode ser feito de forma particular. Geralmente, o valor médio varia em torno de R$ 40 no teste de sangue.
Fonte: Dr Igor Padovesi, Ginecologista e Obstetra da USP e do Hosp. Albert Einstein, colunista e embaixador da Pais&Filhos, e pai de Beatriz e Guilherme. www.igorpadovesi.com.br
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