Publicado em 26/03/2021, às 05h00 - Atualizado às 05h47 por Cinthia Jardim
Nesta sexta-feira, 26 de março, é o Dia Mundial de Conscientização da Epilepsia, também conhecido como “purple day” (dia do roxo), cor escolhida por Cassidy Megan, uma menina de nove anos, para representar a flor lavanda, que é associada à solidão, sentimento que muitas pessoas com a condição apresentam. A partir da data, é superimportante desmistificar sobre o transtorno neurológico, além de disseminar informações sobre o tema.
Em 24 de maio de 2020, a atriz Laura Neiva fez um relato nas redes sociais e lembrou que teve a primeira convulsão aos 19 anos. “Estava em casa e fui levada para o hospital. Lá eu fui diagnostica como epiléptica congênita, ou seja, eu nasci com a doença”. Atualmente com 27 anos, a atriz, que é mãe de Maria, nunca imaginou que não poderia ser mãe por causa da condição.
“Nunca recebi nenhuma contraindicação, nem do meu ginecologista, nem do meu neurologista”, contou. Além disso, ela explicou também que sabia que as crises de ausência e convulsões poderiam ficar mais fracas ou aumentar na gravidez. Ao longo da gestação, Laura precisou tomar medicações para controla as crises.
Uma situação parecida aconteceu com a a influenciadora digital Camila Coelho, que contou em entrevista à Revista People que a epilepsia vem atrapalhando o sonho da maternidade. A empresária, que tem 31 anos de idade, faz uso de diversos medicamentos há mais de 20 anos que aumentam as chances de anomalias congênitas no bebê. O dilema existe, porque sem eles, ela arriscaria a própria vida e, também do futuro filho. A fala de Camila repercutiu muito e levantou a importância de falar sobre esse tema.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), aproximadamente 50 milhões de pessoas no mundo sofrem de epilepsia. Para tirar as principais dúvidas esta condição, a Pais&Filhos conversou com o neurologista infantil, Vinicius Spazzapan, pai de Cecilia e Caetano.
Segundo o especialista, a epilepsia é caracterizada por crises, que geralmente podem acontecer duas vezes num intervalo de 24 horas, não provocadas por uma causa imediata como, traumas, infecções, hipertensão, diabetes, entre outros. “A crise epiléptica é a ocorrência de sinais e/ou sintomas transitórios decorrente de atividade neuronal anormal excessiva ou síncrona no cérebro”, explica. A crise, no entanto, pode ser considerada uma demonstração clínica de desorganização cerebral, uma descarga.
Dentre os vários riscos que a epilepsia pode causar, Vinicius cita: infecção, trauma, alteração da glicemia (diabetes), alteração da pressão arterial (hipertensão e hipotensão) e massas e tumores cerebrais. “O importante é uma vez que tiver algum episodio, ou dúvida, procurar um profissional da saúde para conversar e esclarecer a situação”, recomenda.
Apesar dos 50 milhões de casos no mundo, o neurologista explica que a epilepsia é incomum, pois apenas 3% das pessoas podem ter epilepsia. No entanto, a causa da condição é ligada a um histórico importante familiar para que aconteça. “Existem epilepsias graves que o bebê já nasce com ela, mas mais uma vez é raro e deve ser investigada e manejada com neurologista”.
A epilepsia pode ser dividida de duas maneiras, sendo uma delas a focal – quando uma área do cérebro teve uma descarga – ou ainda a generalizada – caso todo o cérebro descarregue. Por isso, o médico neurologista precisa levar em conta a idade e, principalmente, uma apresentação clínica para tratar os casos de maneira individualizada.
“Muitas pessoas tem a impressão de que epilepsia é quando alguém está se debatendo no chão, mas, as vezes, pode ser só um braço que se movimenta sem controle, ou um ‘desligar’ por alguns segundos com retorno rápido da consciência”, comenta o neurologista. No caso das grávidas e também mulheres que estão tentando engravidar, o tratamento também é medicamentoso, mas Vinicius recomenda a procura por um especialista, pois é necessário avaliar o que pode ser feito para não fazer nenhum mal ao bebê.
De acordo com o ginecologista e obstetra e pai de Beatriz e Guilherme, dr. Igor Padovesi, ter epilepsia não impede que a mulher engravide: “A única questão é que é ainda mais importante que ela tome o ácido fólico e, dependendo da medicação que usa, aumente a dose dessa vitamina”. Por isso, é recomendado que você programe a gravidez e avise o médico com antecedência, para que possa fazer os ajustes necessários e eventual troca de medicações.
Por toda a gestação, é superimportante que a mulher faça o pré-natal sempre e também o acompanhamento de um neurologista clínico. “A maioria das mães seguem a gravidez muito bem sem epilepsia e também sem intercorrências para o bebê que está em fase de desenvolvimento”, comenta Vinicius. Por isso, mesmo que um tratamento medicamentoso seja recomendado pelo médico, é essencial segui-lo de maneira correta e com visitas ao especialista para avaliações.
Depende. Caso ocorra epilepsias com perda de consciência, Vinicius explica que isso pode levar a quedas e traumas na gravidez. “Mas, com os medicamentos em uso habitual e acompanhamento, as gestantes passam por esse momento tão importante bastante tranquila”, conclui.
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