Publicado em 29/07/2021, às 11h30 - Atualizado em 12/04/2023, às 14h23 por Cinthia Jardim, filha de Luzinete e Marco
O Descolamento Prematuro de Placenta (DPP) é uma situação bastante grave na gestação, apesar de ser rara. Mas, é importante reforçar ainda que ela é bem diferente dos sangramentos que podem ocorrer no início da gravidez, chamados de hemorragia do primeiro trimestre, ou descolamento ovular. A placenta termina, de fato, se desenvolver por volta das 16 semanas, ou seja, antes disso não existe uma formação completa.
De acordo com o ginecologista e obstetra, Dr Igor Padovesi, pai de Beatriz e Guilherme, e colunista da Pais&Filhos, o DPP acontece, mais ou menos, em uma a cada mil gestações. Por isso, esclarecemos as principais dúvidas sobre o assunto e o que precisa ser feito caso a condição aconteça.
O Descolamento Prematuro de Placenta é quando o órgão se descola da parede uterina, podendo trazer diversos riscos para o bebê. “A placenta fica grudada no útero da mulher e, nessa superfície em que está aderida, é onde acontecem as trocas de oxigênio e nutrientes”, explica o médico. Geralmente, quando uma parte da placenta se descola, pode haver um acúmulo de sangue entre ela e o útero. Vale lembrar ainda que o fator ocorre no terceiro trimestre da gravidez.
É formada por células tanto do útero quanto do bebê. O crescimento da placenta é rápido e por volta das 16 semanas de gestação, tem o mesmo tamanho que o feto. No final da gravidez, o bebê já está cerca de 6 vezes mais pesado que a placenta. A placenta é eliminada no momento do parto, seja cesárea ou natural. Durante o parto normal, a placenta sai espontaneamente após 4 a 5 contrações uterinas, que são bem menos dolorosas que as contrações uterinas que acontecem durante a saída do bebê.
O obstetra explica que quase sempre há um sangramento e ele se exterioriza em uma cor bastante viva. Além disso, é possível que a grávida sinta dor pélvica e uma sensação do útero contraído. “É uma das únicas emergências obstétricas que falamos para a mulher correr para o hospital mais perto e fazer o parto imediatamente”, alerta.
“Quando palpamos o útero da grávida, percebemos que ele está duro e ele não relaxa. Isso é bastante sugestivo do descolamento”, explica Igor Padovesi. Infelizmente, não é possível identificar o problema com antecedência, pois ele costuma ser uma ocorrência ocasional e que precisa de cuidados médicos imediatamente.
Não é possível prevenir o descolamento de placenta, mas se a grávida tiver algum tipo de predisposição para que o fator aconteça, deve-se observar de perto. “Doenças hipertensivas, a pré-eclâmpsia e a eclampsia, são mais associadas a isso. Alguns outros distúrbios relacionados a coagulação, por exemplo, trombofilias e síndromes antifosfolípide, também são fatores ligados ao descolamento de placenta”.
Não se sabe ao certo o motivo da situação acontecer, mas os fatores de pré-eclâmpia, eclâmpsia, trombofilias, síndromes antifosfolípide, assim como doenças hipertensivas no geral e problemas de coagulação, podem contribuir. Mas, vale lembrar que nenhuma das situações são determinantes para o descolamento prematuro de placenta, pois é uma condição rara.
É importante reforçar que o diagnóstico para detectar a condição não depende de exames de imagem, pois é uma situação emergencial em que é preciso agir imediatamente. Assim que a grávida chegar ao hospital com os sintomas de descolamento de placenta, independente da idade gestacional, é necessário fazer o parto naquele momento.
Na reta final da gravidez, é comum que a mulher tenha um sangramento leve e mais escuro, que não deve ser visto como um alerta. No caso do descolamento de placenta, há uma hemorragia intensa, na cor vermelho vivo, que vem acompanhada de dor pélvica e contração do útero.
Os riscos em situações como essa são bastante graves, principalmente para o bebê. Se houver descolamento de placenta, o bebê precisa nascer prematuro, pois há uma taxa enorme de óbito fetal intraútero “se não der para fazer o parto em tempo”, segundo o médico obstetra. Mas, apesar de ser um fator bastante considerável, Igor Padovesi tranquiliza e reforça que a situação é muito rara de acontecer.
A placenta é tratada, em muitos lugares, como lixo hospitalar e descartada depois do nascimento do bebê, quando é expelida. Com tantos tabus em torno desse órgão que se desenvolve apenas durante a gravidez — a placenta possui início, meio e fim — é comum que as mulheres tenham dúvidas e até mesmo estranhamento ao ouvirem falar sobre placentofagia, o ato de comer a placenta após o nascimento, comum entre os demais mamíferos. E cada vez mais famílias decidem escolher outro fim ao órgão que nutriu o seu bebê durante a gravidez.
Fonte: Dr Igor Padovesi, Ginecologista e Obstetra da USP e do Hosp. Albert Einstein, colunista e embaixador da Pais&Filhos, e pai de Beatriz e Guilherme. www.igorpadovesi.com.br
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