Gravidez

ABC do pré-natal

Imagem ABC do pré-natal

Publicado em 16/06/2014, às 14h59 - Atualizado em 24/04/2021, às 09h25 por Redação Pais&Filhos


Durante a gestação, vários exames poderão ser solicitados. Uns fazem parte da rotina, outros ajudam o médico a acompanhar a gravidez de acordo com sua história pessoal. Outros ainda são novidades. Veja aqui o que cada um deles traz de informação

Assim que a gravidez é descoberta

O hemograma é uma análise do sangue da gestante que vai dar uma mapeada em muitos aspectos.

A primeira coisa para que ele serve é verificar se há anemia, e como está a defesa do organismo da futura mãe, afastando a existência de algum quadro infeccioso. Já as plaquetas indicam como está a coagulação sanguínea da paciente.

A dosagem de glicemia serve  para checar se a paciente é diabética, ou corre o risco de desenvolver a doença. Um quadro de diabetes exige controle atento. Uma gestante diabética compartilha com seu bebê um sangue que contém muito açúcar, o que provoca na criança uma alta produção de insulina. A obstetra do SalomãoZoppi Diagnósticos, Silvia Herrera, mãe de Lara e Vinícius, explica que a insulina funciona como um hormônio de crescimento para o bebê, e pode deixá-lo grande demais. Além disso, a diabetes da mãe aumenta o risco de morte súbita do bebê.

A tipagem sanguínea e o fator Rh da mãe também são importantes. “Se a mãe for Rh negativo, e o pai, positivo, há chance de o bebê também ter Rh positivo. Se esse for o caso, o corpo da mãe pode desenvolver anticorpos contra o sangue de seu bebê, podendo causar eritroblastose fetal, ou doença hemolítica do recém-nascido”, explica o José Carlos Sadalla, obstetra do Hospital Sírio-Libanês e pai de Luisa e Carolina. Nesse caso, realiza-se uma Pesquisa de Anticorpos Irregulares, ou Coombs Indireto. Se o resultado do Coombs for negativo, a paciente pode receber a vacina anti-Rh, que impede que ela produza anticorpos contra o sangue do filho.

Checagens sobre doenças como toxoplasmose, rubéola, hepatites B e C, HIV, citomegalovírus e sífilis também são realizadas logo no início da gestação, e repetidas no final. Dependendo da origem geográfica da paciente, também é possível que o médico peça sorologia para doença de Chagas.

A dosagem dos hormônios de tireoide TSH e T4 livre serve para verificar se há algum problema com essa glândula da gestante. Deficiências não tratadas desses hormônios podem causar problemas graves ao bebê.

Os exames de urina – Urina I e Urocultura – investigam se há alguma infecção urinária, problema que acomete com mais frequência as mulheres grávidas. Segundo Sadalla, em geral, é simples tratá-las. O que é importante: infecções urinárias não tratadas podem se espalhar para os rins, causando nefrite, quadro que, em casos mais raros, pode chegar a levar a um trabalho de parto precoce.

Em torno da 7ª semana

O ultrassom transvaginal é realizado logo no começo da gestação, e, segundo a obstetra Silvia, é o mais eficiente para precisar a idade da gravidez, verificar se o feto está dentro do útero, se são gêmeos e, se for esse o caso, se são duas ou apenas uma placenta.

A partir da 9ª semana

Existe um procedimento relativamente novo que permite acessar o DNA fetal por meio do sangue da mãe. Por esse exame, é possível detectar problemas nos cromossomos, especificamente no 13, 18, e 21, a que estão associados as síndromes de Patau, Edward – ambas que levam à morte do bebê – e Down.

O mesmo exame pode apontar o sexo do bebê. O obstetra Sadalla explica: “Caso se encontrem células com cromossomos Y no sangue da mãe, o bebê é menino, já que mulheres só têm cromossomos X”.

Em torno da 10ª semana

Nesta fase da gravidez é possível que o médico peça a dosagem de alguns marcadores bioquímicos no sangue da gestante. Eles são três: a fração livre de BhCG, o PAPP-A e o PLGF. Segundo a obstetra Silvia, pesquisar o BhCG e o PAPP-A também serve para rastrear problemas cromossômicos. Já o PLGF é um marcador de pré-eclâmpsia. “Com esse exame, verifica-se a possibilidade de a paciente apresentar eclâmpsia muito antes que ela possa se desenvolver”, conforme explica a obstetra.

Em torno da 12ª semana

O ultrassom morfológico do primeiro trimestre serve para verificar se o bebê tem malformações ou síndromes genéticas – é mais comum que os outros que podem ser feitos com esse objetivo. “Para ter uma ideia, esse ultrassom detecta 90% dos casos Down, Turner, Edward e Patau”, diz. Mas ainda é muito cedo para ver o sexo do bebê. “Não passa de um chute melhorado”, afirma Sadalla.

O Doppler das artérias uterinas, associado aos marcadores bioquímicos, pode indicar o risco de a paciente desenvolver pré-eclâmpsia. Se esse for o caso, já é possível tratá-la para que isso não chegue a ocorrer.

Neste momento da gravidez, o médico também pode pedir a avaliação do colo do útero por meio de um ultrassom transvaginal.

A partir da 20ª semana

O ecocardiograma fetal é recomendado como exame de rotina, e serve para detectar malformações cardíacas. Quando o resultado é normal, é pedido uma única vez.

Em torno da 22ª semana

O ultrassom morfológico do segundo trimestre tem a finalidade de ver a formação dos membros e órgãos internos do feto. Caso esse exame encontre anormalidades, a chance de que o bebê tenha alguma doença cromossômica é maior. Pode ser, então, indicado que se faça uma amniocentese, que é uma análise do líquido amniótico, para traçar o chamado cariótipo. É um exame invasivo, com a injeção de uma agulha na barriga da paciente, com chance de 1% de abortamento: por isso, só é indicado em gestações onde há chances significativas de haver problemas com o feto.

Junto com o ultrassom, também é realizado um Doppler das Artérias Uterinas, que, nesta fase, é útil para detectar a possibilidade de a paciente desenvolver pré-eclâmpsia grave. Neste momento da gestação, no entanto, não é mais possível evitar a doença, apenas controlá-la.

O momento é adequado para uma avaliação do colo uterino com um ultrassom transvaginal. “É o melhor exame para verificar a possibilidade de ocorrer um trabalho de parto prematuro, embora não faça parte do pré-natal rotineiro”, diz Silvia.

Em torno da 26ª semana

O teste de tolerância à glicose é um exame que serve para verificar se uma paciente que começou a gestação saudável desenvolveu diabetes gestacional. Caso o resultado seja positivo, o médico vai avaliar a gravidade do caso. “Frequentemente é possível controlar esse quadro só com dieta, mas às vezes é necessário que a paciente use insulina”.

A partir da 26ª semana

“O Doppler colorido é um exame que serve para avaliar a vitalidade do bebê”, explica a obstetra Silvia. Nesse procedimento é possível ver o fluxo sanguíneo do cordão umbilical para a artéria cerebral. Caso esteja comprometido de alguma forma, é possível que o bebê esteja sofrendo falta de oxigênio. No entanto, ela explica que nem toda grávida precisa passar por esse Doppler. “Se o bebê se mexe bem e não apresentou problemas em nenhum outro exame, não há razão para fazer”, diz.

Os ultrassons 3D e o 4D são opcionais. “Os pais gostam, porque é a primeira ‘foto’ que se pode ter do bebê”, afirma Sadalla.

Entre a 35ª e a 37ª semana

É realizado um exame da flora da região do ânus e da vagina da gestante, chamado de Swab Perianal e Vaginal. A finalidade, de acordo com Silvia, é verificar se há a presença da bactéria estreptococo B. “Essa é uma bactéria que não faz mal para a mãe, pois faz parte da flora vaginal normal. No entanto, se infectar o bebê na hora do parto, pode causar infecções graves.” Se a bactéria for encontrada, a gestante será tratada com antibióticos.


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