Publicado em 22/05/2023, às 10h43 por Gabriela Xavier, filha de Priscila e Ivan
Pais são super-heróis muitas vezes, sem capa. Essa história é a prova disso. Um bombeiro dos Estados Unidos se viu em uma posição para salvar o seu próprio filho de um afogamento na piscina de casa. A situação aconteceu na terça-feira, 16 de maio, mas só repercutiu agora.
O vídeo do momento foi compartilhado nas redes sociais pelo Corpo de Bombeiros de Hemet, para falar da necessidade de estarem sempre atentos as crianças em piscinas. No vídeo, é possível ver o bebê tirando as boias e pulando na água.
Em seguida, o pai de Cole [o bebê], entra em cena e Zachary Petite vai resgatá-lo. Em nota para as redes, o Corpo de Bombeiros explicou que Cole é o filho mais novo de Zachary. “Este vídeo é um lembrete preocupante de que o afogamento de uma criança pode acontecer com qualquer pessoa a qualquer momento em questão de segundos. Embora os pais tenham tomado todas as precauções adequadas, incluindo portões ao redor da piscina e dispositivos de flutuação apropriados, o menino entrou na água. Lembre-se, as crianças se afogam sem fazer barulho. Fiquem atentos”, disse.
Em uma entrevista para a KTLA, o pai disse que na hora que percebeu, o filho estava submerso, quando tirou ele da água. “Ele já estava quase no fundo da piscina. Se você tem uma piscina, certifique-se de que ela tenha um portão, uma trava de segurança para crianças e alarmes”. O Corpo de Bombeiros de Hemet está usando o incidente para alertar a todos sobre a importância da segurança na piscina.
Ver essa foto no InstagramUma publicação compartilhada por Hemet Fire Fighters (@hemetfirefighters2342)
Quem é pai ou mãe sabe: basta se descuidar por alguns segundos para que as crianças entrem em enrascadas. Em alguns casos, o susto passa logo. Mas, em outros, essa falta de atenção pode custar caro. Isso vale principalmente quando o assunto é água.
No Brasil, os afogamentos são a segunda causa de morte entre crianças de 1 a 4 anos*. E a grande maioria deles acontece quando ignoramos os riscos e não respeitamos os limites. Como as crianças não têm maturidade e nem noção do que pode ser perigoso ou não, cabe aos pais e responsáveis orientar e supervisionar o tempo todo. Especialmente porque o afogamento nem sempre acontece só em piscinas ou praias.
As crianças, principalmente as menores, podem se afogar em baldes, bacias e até no vaso sanitário. Quando são pequenas, a cabeça e os membros superiores das crianças são mais pesados que o restante do corpo. Fica fácil perder o equilíbrio, cair e depois não saber como levantar. Por isso mesmo, todo cuidado é pouco.
“Cuidar não é só ficar olhando. É muito mais do que isso. Para tomar conta mesmo, é preciso abrir mão da diversão, do celular… Porque, depois que o acidente acontece, não tem mais volta”, alerta o pediatra Marco Antônio Chaves Gama, pai de Bruno e Gabriela e presidente do Departamento de Segurança da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP).
Os afogamentos acontecem de forma rápida e silenciosa. A partir do momento em que seu filho começa a se afogar, você tem, literalmente, só alguns segundos para reagir. No geral, as crianças perdem a consciência depois de dois minutos embaixo d’água. Em cinco, a oxigenação do cérebro fica comprometida e já aumentam os riscos de sequelas e problemas mais graves, como paralisia cerebral.
Antes de tudo, é importante lembrar que as crianças não têm maturidade e nem experiência para sair de uma situação de emergência. Por isso mesmo, são os adultos que devem assumir a linha frente e prestar o socorro.
Se seu filho cair na água e se afogar, é preciso ter calma. O primeiro passo é retirá-lo da água e desobstruir as vias respiratórias, colocando a cabeça um pouco para trás. Não dá para perder tempo. Logo em seguida, ligue para o serviço de emergência. Tenha o número do SAMU (192) e do Corpo de Bombeiros (193) sempre à mão e salvo nos contatos do celular. Ele pode ser útil quando você menos imaginar. “O importante é ligar para os bombeiros ou para a emergência imediatamente. Eles sabem como orientar e vão dando o passo a passo do que você deve fazer”, explica Marco Antônio.
Vacina é um tema tão essencial que, pela primeira vez, a Pais&Filhos se uniu ao Ministério da Saúde e Crescer nessa causa. Estamos juntos para conscientizar a população sobre a importância da imunização contra a gripe e estimular a vacinação, com foco nos grupos prioritários
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