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Duas vacinas contra covid-19 são eficazes em grávidas e lactantes e protegem bebês, diz estudo

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Publicado em 25/03/2021, às 19h02 - Atualizado em 26/03/2021, às 14h57 por Redação Pais&Filhos


Duas vacinas contra covid-19 são eficazes em grávidas e lactantes e anticorpos podem passar para bebê, diz estudo. A informação foi dada nesta quinta-feira, 25 de março, pela CNN, após a publicação de uma pesquisa em um jornal norte-americano sobre Ginecologia e Obstetrícia. Nela, é dito que as vacinas Pfizer/BioNTech e a Moderna são as duas que apresentaram esse resultado.

Pesquisadores do Hospital Geral de Massachusetts, do Brigham and Women’s Hospital e do Ragon Institute of MGH, MIT e Harvard analisaram 131 mulheres imunizadas contra covid-19 pela vacina Pfizer/BioNTech ou Moderna. Entre as participantes, 84 estavam grávidas, 31 estavam na fase da amamentação e 16 não estavam grávidas. As amostras foram coletadas entre 17 de dezembro de 2020 e 2 de março de 2021.

Ao analisarem os resultados, os pesquisadores notaram que o nível de anticorposinduzidos em mulheres grávidas e lactantes era equivalente com o de mulheres que não estavam grávidas. Além disso, os níveis de anticorpos foram “surpreendentemente mais altos” do que os resultantes da infecção por coronavírus durante a gravidez. “Essas vacinas parecem funcionar de forma incrivelmente eficaz nessas mulheres”, disse Galit Alter, professor de medicina do Instituto Ragon que faz parte da equipe de pesquisa.

A equipe também descobriu que as mulheres passavam anticorpos protetores para seus recém-nascidos, por meio do leite materno e da placenta. “Quase todas as mães estavam recebendo um nível bastante decente de anticorpos para seus bebês”, disse o professor. Ainda é preciso mais pesquisas para descobrir e entender quanto tempo os anticorpos duram no corpo dos recém-nascidos.

A pesquisa não encontrou evidências de mais efeitos colaterais ou efeitos colaterais mais intensos em mulheres grávidas e lactantes do que na população em geral. Níveis mais elevados de anticorpos IgA foram encontrados em mulheres grávidas que receberam a vacina Moderna, sendo que esse tipo específico de anticorpo pode ser transferido de forma mais eficiente para bebês, por um período mais longo.

Vacina para gestantes no Brasil

De acordo com um comunicado emitido pela Pfizer Brasil, o país “fará parte dos testes clínicos para avaliar a eficiência da vacina COMIRNATY (BNT162b2), contra a COVID-19, em mulheres grávidas saudáveis com 18 anos de idade ou mais”. Ao todo participaram dos testes 350 gestantes.

Ainda durante o comunicado oficial, a Pfizer Brasil explicou como acontecerão os testes: “As gestantes integrarão o ensaio mundial da Fase 2/3 que foi desenhado como um estudo randomizado em aproximadamente 4 mil mulheres, durante a 24a e a 34a semanas de gestação”;

“O estudo avaliará a segurança, tolerabilidade e imunogenicidade de duas doses da COMIRNATY (BNT162b2) ou placebo administradas com 21 dias de intervalo. O levantamento também avaliará a segurança nos bebês e a transferência de anticorpos potencialmente protetores. Os recém-nascidos serão monitorados até aproximadamente os seis meses de idade”. Mais informações sobre a vacina serão disponibilizada em breve, conforme os estudos forem avançando.

Como funciona a vacinação em grávidas?

Todas as vacinas são consideradas inativadas, ou seja, não existe um produto vivo dentro do imunizante, explica o dr. Renato Kfouri, infectologista e diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações. “A produção de anticorpos passa pela placenta, leite e pode trazer uma proteção para o bebê nos primeiros meses de vida”, conta.

Vacinas com menor taxa de eficácia são menos úteis para a imunização?

Para desmistificar essa questão, conversamos com o Médico infectologista, Gerente de Qualidade do Hospital infantil Sabará e membro da Sociedade Paulista de Infectologia (SPI), Francisco Ivanildo de Oliveira Jr., pai de Beatriz. Ele explicou que é preciso avaliar outras questões além da taxa de eficácia.

“É óbvio que quanto maior a eficácia da vacina, mais gente vai ficar protegida e em tese eu preciso vacinar menos pessoas para ter a minha população protegida. Eu nunca vou conseguir ter 100% de cobertura vacinal, porque algumas vão se recusar, outras não podem tomar a vacinaporque tem algum tipo de contraindicação médica, como alergia ou alguma doença que impede que essa pessoa tome. Então, a gente sempre vai procurar uma vacina que tenha o máximo de eficácia”, explica.


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