Publicado em 06/01/2022, às 13h24 por Hanna Rahal, filha de Lydiana
Na última quarta-feira, 5 de janeiro, o Ministério da Saúde disse em coletiva de imprensa, que a previsão é que crianças de 5 a 11 anos de idade comecem a ser imunizadas contra a Covid-19 ainda este mês. Além disso, o órgão informou que não será necessária uma receita médica para que as crianças sejam vacinadas.
Mas em meio a tantas novidades e muitas dúvidas, você pode se perguntar o que fazer nesse momento. Calma! Conversamos com especialistas para te ajudar nessa missão e sanar as principais dúvidas sobre a vacinação em crianças. Veja como vai funcionar:
Desde o início da pandemia da Covid-19 existem estudos para a vacinação em crianças, e a imunização só foi liberada depois de atender os critérios necessários para atestar sua segurança e eficácia. Então, de acordo com o Dr. André Laranjeira de Carvalho, pai de Sofia e Manuela, formado e especializado pela Universidade de São Paulo, Pediatra do Hospital Albert Einstein, sim, a vacina é segura.
O médico explica que os estudos feitos mostram que não houveram efeitos colaterais graves. “Quando observamos o efeito vacinal na vida real, após milhões de doses aplicadas, atestamos que a vacina em criança realmente é segura”, afirma.
De acordo com o pediatra, uma pesquisa do órgão americano CDC – (Centro de Controle e Prevenção de Doenças) informou que os efeitos colaterais em mais de 98% dos casos foram leves como febre e dor local. Os outros 2% foram efeitos graves como vômitos e mal estar. “Houveram cerca de 12 casos de miocardite com a vacina da Pfizer após 8,5 milhões de doses, o que dá menos de 0,0001% de risco. Esse número é compatível com os efeitos mais sérios de vacinas conhecidas como gripe, meningo B, HPV e tríplice viral”.
O Ministério da Saúde afirmou que não vai exigir receitas médicas para vacinar crianças de 5 a 11 anos contra a Covid-19. Será necessária somente a autorização dos pais ou responsáveis no momento da aplicação, se a criança estiver desacompanhada desses adultos.
Além disso, a decisão informa que a vacina será realizada de em ordem decrescente de idade, das crianças mais velhas para as mais novas. E assim como a imunização de adultos, haverá prioridade para aquelas crianças com comorbidades, crianças indígenas e quilombolas e crianças que vivam em lar com pessoas com alto risco para evolução grave de Covid-19.
Não. A vacina será fornecida com oito semanas de intervalo e as crianças receberão uma dose 3 vezes menor que a dose de adultos. “No estudo, foram analisadas várias doses diferentes e a dose mais eficaz com menos efeitos colaterais foi essa de 10 microgramas”, explica.
O pediatra acrescenta que o sistema imune das crianças é mais imaturo, por isso são necessários mais reforços com menos quantidade de mRNA – componente da vacina. Outra curiosidade é que o frasco do imunizante para crianças terá uma cor diferente daquela aplicada em adultos, para ajudar os profissionais de saúde na hora de aplicar. As informações sobre a segunda dose para a vacinação em crianças estão sendo avaliadas.
Por enquanto, sim. Segundo os especialistas, só saberemos as vacinas de outros laboratórios são seguras quando os respectivos laboratórios divulgarem seus dados e estudos. “Nos baseamos em estudos publicados para análise da comunidade científica mundial. Sem estudos, não usaremos vacinas. Então para outros laboratórios aplicarem vacinas em crianças, devem comprovar eficácia e segurança, como a Pfizer já comprovou”, explica André.
Raquel Muarrek, mãe de Lorena, Luisa, Sofia e Samuel, infectologista do São Luiz e da Medicina Interna Personalizada, explica que atualmente, a vacina de Covid-19 pode ser dada com outras vacinas. Entretanto, por precaução e para observar a reação do imunizante nas crianças, a Anvisa recomendou que haja um tempo mínimo de 15 dias entre a aplicação da vacina da Covid-19 e outras do calendário infantil.
O pediatra ainda reforça: “Na dúvida sobre qual vacina usar, prefira neste momento a vacina contra o coronavírus, dado o maior risco que as crianças estão correndo por não estarem vacinadas”.
Neste ponto, tanto o pediatra quanto a infectologista entrevistados concordam: é de extrema importância proteger a criança contra Covid-19, ou seja, vaciná-la, para proteger toda a família. Isso porque, uma vez que grande parte das pessoas acima de 12 anos estão vacinadas, é esperado que o vírus comece a acometer as pessoas não vacinadas, como as crianças.
Os especialistas ainda reforçam que a Covid-19 foi a doença infecciosa que mais matou crianças no Brasil. Segundo a FioCruz, foram mais de 3 mil óbitos desde o início da pandemia. “Não precisamos esperar mais óbitos para vacinar as crianças”, acrescenta André.
Além disso, essa também é uma forma de proteger todos aqueles que têm contato com as crianças. Como os avós e outras pessoas do grupo de maior risco.
As crianças que não se vacinarem podem pegar coronavírus, transmitir e em alguns casos até morrer, principalmente aquelas com comorbidades. O pediatra explica que há um estudo do Instituto da Criança do Hospital das Clínicas da USP que aponta: as crianças que mais internam e morrem de Covid-19 são aquelas com comorbidades, principalmente neurológicas, cardiológicas, imunológicas, sindrômicas.
“A criança não vacinada também pode ter um quadro respiratório pulmonar grave, o que pode levar à uma miocardite – inflamação do músculo cardíaco causada por uma infecção viral, de 10 a 15 vezes mais grave do que quando vacinada”, acrescenta Raquel. Ou seja, até o momento, os benefícios da vacina sobrepõem os riscos.
Sim! As vacinas serão uma proteção adicional às máscaras e ao distanciamento social, que já estão sendo usados com outros protocolos sanitários nas escolas. Quanto mais crianças vacinadas, mais seguro o ambiente que elas se encontram.
André explica que a vacina não impede a transmissão, mas impedirá a evolução para gravidade, assim como outras vacinas usadas todo ano. “Mais uma vez, vacinar é importante para voltar às aulas com mais segurança, pois se o vírus encontra um ambiente de muitas crianças vacinadas, ele não consegue prosperar, já que o organismo vacinado impede que ele complete seu ciclo reprodutivo dentro da célula”.
A infectologista ainda lembra: “Se houver qualquer quadro gripal ou de Covid-19 na casa da criança, ou se ela apresentar qualquer sintoma, a ida à escola deve ser suspensa até o fim dos sintomas e o cumprimento do período de quarentena”.
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