Vacina contra o câncer de mama: entenda como funciona e a importância do diagnóstico precoce

Desenvolvida pelo Instituto Wyss, da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, em parceria com o Instituto do Câncer Dana-Farber, a vacina contra o câncer de mama triplo negativo trouxe resultados bastante positivos. Ainda em fase de testes, ela apresentou 100% de eficácia na fase com camundongos.

Durante o estudo, os resultados promissores mostraram que ela não foi só capaz de destruir as células cancerosas em animais, como também criar a “memória imunológica”, impedindo que o tumor voltasse a aparecer.

Em uma conversa com a Dra. Elis Nogueira, membro da Sociedade de Obstetrícia e Ginecologia do Estado de São Paulo (SOGESP), da Associação Paulista de Medicina (APM) e da Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO), o câncer de mama triplo negativo representa 15% dos casos no mundo, sendo mais frequente entre mulheres jovens.

Apenas em 2020, são estimados 66.280 novos casos até o final do ano, o que representa uma taxa de 43,74 para cada 100.000 mulheres. “Ter uma vacina, mesmo em estágio inicial, que possa combater um tipo específico de câncer é uma esperança que a ciência, a medicina os médicos e os pacientes devem comemorar”, disse a obstetra.

Como funciona?

Unindo a “força” da quimioterapia para eliminar as células cancerosas e a imunoterapia, para um resultado a longo prazo, a vacina é aplicada diretamente no local onde o tumor está. Ainda em fase de estudos, quando aplicada em camundongos, 100% deles sobreviveram a uma injeção subsequente de células cancerosas, sendo que em nenhum deles houve o reaparecimento do câncer.

Resultados positivos

Para a maioria das mulheres com este tipo de câncer, considerado bastante agressivo, existem menos formas de tratamento disponíveis. Aproximadamente, a expectativa de vida pode chegar a um ano e meio. Mas, com a vacina, diversos especialistas enxergam como um momento histórico na medicina.

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Diagnóstico precoce

Elis Nogueira reforça que a partir de um diagnóstico precoce, existe uma maior chance de cura. Para os tumores em estágio 0 ou 1, é possível ter mais de 90% de cura, já em estágios 3 ou 4, os números ficam entre 30 a 40%. “Mesmo cânceres em estágios mais avançados podem responder bem ao tratamento, podendo ser operados e retirados completamente, por isso, é importante conversar com seu médico e sempre buscar novas formas de lidar com a doença“.

Para ficar de olho!

A obstetra reforçou alguns sintomas e sinais importantes para identificar a doença, sendo eles:

• Nódulo único endurecido
• Irritação ou abaulamento de uma parte da mama
• Inchaço de toda ou parte de uma mama (mesmo que não se sinta um nódulo)
• Inchaço da pele
• Vermelhidão) na pele
• Inversão do mamilo
• Sensação de massa ou nódulo em uma das mamas
• Sensação de nódulo aumentado na axila
• Espessamento ou retração da pele ou do mamilo
• Secreção sanguinolenta ou serosa pelos mamilos
• Inchaço do braço.
• Dor na mama ou mamilo.

“Caso você perceba algum deles, procure seu médico imediatamente. Não deixe de cuidar da sua vida, não deixe para amanhã, pois todo dia é importante e crucial para a cura do câncer de mama”, finaliza.

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