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Vacina contra câncer de mama mais agressivo apresenta sucesso em testes

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Publicado em 13/11/2020, às 06h48 - Atualizado às 06h56 por Camila Montino


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O tipo de notícia que melhora o nosso dia! A eficácia de uma vacina para o câncer pode estar mais perto do que se imagina. De acordo com o G1, pesquisadores dos Estados Unidos afirmam ter obtido sucesso nos primeiros estágios de desenvolvimento do imunizante. O estudo foi publicado na revista científica “Nature Communications”, a pesquisa foi conduzida pelo Instituto Wyss, da Universidade de Harvard (EUA), em parceria com o Instituto do Câncer Dana-Farber.

O estudo teve como alvo o câncer de mama triplo negativo (Foto: Unsplash)

Apesar de ainda estar na fase de testes, a pesquisa teve 100% de sucesso em camundongos com câncer de mama triplo negativo. Os cientistas dizem que a técnica foi capaz de destruir as células cancerosas e também de criar memória imunológica, que forneceu proteção contra o ressurgimento do tumor.

O estudo teve como alvo o câncer de mama triplo negativo, que representa 15% dos casos de câncer de mama no mundo, é mais agressivo e também o mais frequente entre mulheres jovens . As vacinas contra o câncer começaram a ser desenvolvidas ao menos desde 2009.

Como funciona

A principal estratégia dessas vacinas consiste em pegar moléculas das células cancerosas e usar nelas substâncias que permitam que o corpo as reconheça e as destrua. O procedimento tenta driblar o principal mecanismo de ação do câncer, fazendo com que o corpo identifique o crescimento das células como uma ameaça e assim, consiga combate-las.

Neste procedimento realizado por Havard, os pesquisadores buscaram fazer com que o medicamento tivesse a efetividade que a quimioterapia (tratamento que utiliza medicamentos para destruir as células doentes) e a eficácia de longo prazo da imunoterapia (que auxilia o próprio sistema imunológico do paciente a identificar e combater o câncer, como se guardasse na memória aquela ameaça para combater caso surja novamente).

Testes

Para realizar os testes, os cientistas implantaram medicamentos do tamanho do comprimido de aspirina sob a pele dos camundongos. Nas cobaias, a vacina foi colocada perto de um dos linfonodos – estruturas do sistema linfático cuja função é manter o equilíbrio de fluidos para manter o corpo saudável, atuando na defesa do organismo.

Justamente por causa da dupla estratégia (quimioterapia e imunoterapia), a matriz com a vacina levou em os componentes dois tipos principais de droga, sendo uma capaz de incentivar o crescimento de um tipo de célula (chamada dendríticas) do sistema imune responsável por iniciar a defesa do corpo contra uma ameaça. Além de reunir essas células de defesa, a vacina contém um método usado na quimioterapia, que consegue agir no local e matar células cancerosas. A “explosão” dos tumores liberou material que as células dendríticas reconheceram e passaram a identificar como uma ameaça ao corpo, levando a uma ação de defesa de longo prazo.

Avanço

Os pesquisadores afirmam que a técnica tem vantagens em relação aos outros estudos com vacinas contra o câncer porque as pesquisas anteriores dependiam, primeiro, que os desenvolvedores já tivessem acesso ao tipo de molécula presente no tumor, os chamados “antígenos específicos”.

“A capacidade desta vacina de induzir respostas imunes potentes sem exigir a identificação de antígenos específicos do paciente é uma grande vantagem, assim como a capacidade da administração de quimioterapia local de contornar os efeitos colaterais graves da quimioterapia, o único tratamento atualmente disponível para a doença”, disse Robert P. Pinkas, um dos autores do estudo e líder da plataforma de Immuno-Materials no Instituto Wyss.

Apesar de promissor, o processo para criar vacinas personalizadas para cada tipo de câncer pode ser longo e caro — uma limitação grande no desenvolvimento de uma vacina.

“Um dos fatores críticos que limitam o desenvolvimento de uma vacina do câncer é a seleção dos TAAs, porque, atualmente, temos apenas uma pequena biblioteca de antígenos conhecidos para apenas algumas pequenas linhas específicas celulares de alguns tumores, e é difícil prever qual pode construir uma resposta imune eficaz. Implementar drogas da quimioterapia dentro da vacina pode criar um grande número de células mortas que pode liberar os TAAs direto do tumor para as células dendríticas, cortando a parte longa e cara de produzir um antígeno”, garante Alex Najibi, coautor do estudo.

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