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Uma mãe está ensinando educação sexual para os filhos de 2 e 3 anos e explica o porquê disso

Uma mãe está ensinando educação sexual para os filhos de 2 e 3 anos, e explica o porque disso - Freepik
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Publicado em 04/05/2022, às 12h19 - Atualizado em 05/05/2022, às 14h31 por Redação Pais&Filhos


Uma mãe escreveu um artigo para a revista Hull Live, contando que é de extrema importância começar a ensinar educação sexual para os filhos desde cedo. Ela explicou que já está ensinando os filhos de dois e três anos sobre a origem dos bebês.

Os espermatozóides também têm função de seduzir os óvulos
Uma mãe está ensinando educação sexual para os filhos de 2 e 3 anos, e explica o porque disso (Foto: Freepik)

A mulher, Caroline Hemmingham, acredita que é importante ter esse tipo de conversa antes da adolescência de uma criança, para que ela não se sinta envergonhada ou confusa à medida que envelhece. Por exemplo, ela já conversou com a filha sobre menstruação, ajudando a prepará-la para o futuro sem sentir o tipo de vergonha que muitas meninas experimentam com o sangramento.

Ela diz que esse tipo de abordagem aberta ajuda a normalizar o assunto, ao mesmo tempo em que ajuda a evitar lições de vidas embaraçosas sobre educação sexual que ela mesma lembra da infância. A mãe de dois filhos se inspirou depois de ler o manual dos pais da década de 1950, The Intelligent Parents’ Manual (o manual dos pais inteligentes), que aconselha os pais a contar aos filhos sobre os fatos da vida, caso ainda não tenham perguntado até os cinco anos de idade. Segundo o livro, o importante é que a criança tenha a ideia geral sobre o assunto, e não associe algo proibido.

Caroline explicou: “O livro diz: ‘Se a uma criança de menos de seis anos é dito passo a passo de uma maneira simples as coisas que ela quer saber no momento em que sua curiosidade é despertada, ela tomará os fatos do nascimento com a mesma despreocupação com que aceita outras coisas naturais. fenômenos, como vento, chuva e sol.’ Isso é tão verdade! Sexo é, convenhamos, uma das coisas mais naturais do mundo, então por que não falar sobre isso com nossos filhos desde pequenos?”

Uma mãe está ensinando educação sexual para os filhos de 2 e 3 anos, e explica o porque disso
Caroline com os filhos de 2 e 3 anos (Foto: Reprodução Hull Live)

Ela ainda completou falando que o consenso geral de esperar até a puberdade para ter ‘a conversa’ resultará em constrangimento, tanto para a criança quanto para os pais. Por isso, ela apoia a ideia de falar com os filhos sobre esse assunto o quanto antes.

Como e quando falar sobre sexo e sexualidade com o seu filho

Como abordar o assunto

Não existe comprovação científica de que conversas sobre sexualidade estimulem as crianças a começar a vida sexual mais cedo. Muito pelo contrário. Alguns estudos já mostraram que, em casas onde se fala abertamente sobre isso, os adolescentes tendem a ser mais conscientes sobre o assunto e a adiar por mais tempo suas primeiras experiências.

“Falar de sexo com o seu filho não significa que ele vai ter vontade de fazer. As crianças precisam ter acesso a informação de qualidade. Mas os pais devem tomar cuidado para não colocar uma carga erótica nesta conversa”, explica a psicóloga Ana Canosa, educadora em sexualidade e mãe de Theo.

Segundo a especialista, as crianças não enxergam sexo e sexualidade com o mesmo olhar malicioso dos adultos. Para elas, esses assuntos ainda não são um tabu. Por isso mesmo, na hora de dar explicações ou responder às perguntas, você pode contar com uma mãozinha da Biologia, para explicar como o corpo humano funciona e como a reprodução humana acontece.

Se ainda assim, não se sentir confortável para falar sobre isso, não tenha medo de estudar e pesquisar. Converse com pediatras, psicólogos e busque informações em livros e sites confiáveis. Pode ser difícil e incômodo num primeiro momento, mas abordar esse assunto dentro de casa não precisa ser um bicho de sete cabeças.

“Existem alguns momentos que favorecem o início dessas conversas. Os pais tem que aproveitar situações que remetem à sexualidade para explicar e tirar dúvidas. Na hora da higiene e do banho, por exemplo, você pode passar uma noção sobre prevenção de abusos”, conta Ana.

O que falar, de acordo com a idade

Por mais que a gente saiba a importância de falar sobre sexo e sexualidade com as crianças, a prática nem sempre é tão fácil quanto parece. Às vezes, surgem perguntas inesperadas e que exigem uma boa dose de jogo de cintura. Pensando nisso, o National Center on the Sexual Behavior of Youth (Reino Unido), lançou uma cartilha para ajudar os pais nessa missão. A seguir, veja quais são as recomendações sobre o que deve ser dito ou não, de acordo com a idade:

Até os 4 anos

  • Explique que meninos e meninas são diferentes
  • Dê nomes precisos para as partes do corpo, incluindo os órgãos genitais. Nada de ficar inventando “apelidos”
  • Conte que os bebês vêm da barriga da mãe
  • Estabeleça regras sobre limites pessoais, como manter as partes íntimas sempre cobertas
  • Dê respostas simples a todas as perguntas sobre o corpo e as funções corporais
  • Fale sobre a diferença entre toques aceitáveis (que são agradáveis e bem-vindos) e toques inadequados (que são desconfortáveis, indesejados ou dolorosos)
  • Diga que seu filho tem a liberdade para dizer “não” todas as vezes que não se sentir confortável com a ideia de ser tocado, inclusive quando parentes e amigos quiserem dar beijos ou abraços
  • Explique que ninguém (crianças e adultos) tem o direito de tocar em suas partes íntimas
  • Mostre que seu filho pode confiar em você e que está disponível e aberto para ouvir tudo o que ele tem a dizer. Peça para que ele não guarde segredos
  • Explique a diferença entre “surpresa” (que é algo que será revelado em breve, como um presente) e “segredo” (que é algo que você nunca deve contar)

Dos 4 aos 6 anos

  • Diga que os corpos dos meninos e das meninas mudam conforme eles vão ficando mais velhos
  • Explique como os bebês crescem na barriga da mãe e conte sobre o processo de nascimento
  • Estabeleça algumas regrinhas sobre limites pessoais, como sempre manter as partes íntimas cobertas em público e nunca tocar as partes íntimas dos colegas
  • Oriente sobre como seu filho deve agir se um estranho fizer qualquer tipo de convite. Fale que ele deve imediatamente avisar a família, o professor ou outro adulto de confiança
  • Explique que é errado que alguém toque suas partes íntimas sem permissão ou peça para você toque as partes íntimas de outra pessoa, mesmo que seja de alguém conhecido ou da família
  • Diga que, se uma situação de abuso acontecer, a criança nunca é a culpada e que ela precisa contar o que aconteceu para alguém de confiança

Dos 7 aos 12 anos

  • Fale sobre as mudanças da puberdade e explique como podemos lidar com elas
  • Dê noções básicas sobre reprodução, gravidez e parto
  • Oriente sobre os riscos da atividade sexual, como gravidez e DSTs
  • Converse, de forma simples, sobre o que são métodos contraceptivos e como eles funcionam
  • Explique que o abuso sexual não precisa, necessariamente, envolver toque
  • Dê orientações sobre como se manter seguro ao conversar e conhecer pessoas pela internet
  • Fale sobre namoro e estabeleça “regras” sobre o assunto
  • Mostre como ele pode reconhecer e evitar situações de “risco”

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