Publicado em 24/05/2024, às 17h20 por Malu Lopes, Estagiária | Filha de Carmem e Single
Em um episódio chocante ocorrido na última quinta-feira, 23 de maio, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, um adolescente de 17 anos cometeu um ato inimaginável ao assassinar seus pais adotivos, Luis Cláudio Pinheiro e Mariana Valente, ambos de 58 anos, utilizando-se de um martelo. O crime brutal deixou a comunidade e familiares em profundo estado de choque e tristeza.
O irmão mais velho do autor do crime, um jovem de 20 anos que foi adotado por outra família, revelou em depoimento a personalidade agressiva do irmão, que se irritava facilmente especialmente quando seus pertences eram tocados. “Eu convivi com ele em 2019 durante três meses na finalização do meu ensino fundamental. Os pais dele sempre trataram ele com muito amor e dedicação. Só que o comportamento do meu irmão perante eles era muito agressivo, arrogante, tinha que ser na hora dele”, afirmou.
O jovem afirma não ter visto nenhum tipo de arrependimento por parte do irmão. “Eu não imaginava que isso iria acontecer. Chegar a esse ponto. Até porque ele não demonstrou nenhum tipo de arrependimento. Nem quando foi pego e nem na delegacia”, afirmou o
O adolescente fazia parte de uma grande família composta por oito irmãos, quatro dos quais foram adotados por diferentes famílias. Adotado aos três anos de idade, o jovem sempre demonstrou sinais de agitação e comportamento agressivo, apesar dos esforços dos pais adotivos em prover um lar amoroso e uma criação baseada nos valores evangélicos.
Denilza Maia, vizinha da família, recorda o adolescente como alguém sempre ativo e envolvido em brincadeiras com outras crianças. Contudo, ela expressa sua surpresa com o desfecho trágico: "Ele estava sempre ali na praça brincando. Até a menina me contou que ele estava de briga com os meninos, sempre batendo em alguém, porque chamavam ele de maluco. Mas ele chegar ao ponto de fazer o que ele fez? É difícil acreditar, porque o pai e a mãe criaram ele com muito carinho, eles eram evangélicos.
Informações adicionais indicam que o adolescente estava sob medicação psiquiátrica e havia sido matriculado em aulas de jiu-jitsu numa tentativa de canalizar sua agressividade de forma construtiva. No entanto, nenhum desses esforços foi suficiente para evitar a tragédia.
O caso está sendo investigado pela Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), onde o adolescente foi apreendido em flagrante. A equipe da DHC planeja realizar uma série de diligências e ouvir testemunhas para esclarecer todos os detalhes deste caso horripilante e determinar as motivações por trás dos assassinatos.
O irmão mais velho do adolescente expressou seu desejo por justiça:” Eu espero que ele cumpra a pena necessária. Que ele fique por muito tempo e pense no que ele fez. Isso é uma coisa desumana. Eu como irmão não passo a mão na cabeça dele e a justiça vai decidir o que vai fazer com ele”, concluiu o parente.
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