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Programa de apoio socioemocional promete ajudar no retorno às aulas presenciais pós-pandemia

O programa já ajudou mais de 40 mil estudantes em Roraima - Getty Images
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Publicado em 16/07/2021, às 09h41 - Atualizado em 19/07/2021, às 09h42 por Luiza Fernandes, filha de Neila e Mauro


O aumento da vacinaçãoestá diminuindo a incidência de casos e mortes por coronavírusno Brasil e, por causa disso, muitos estados já pretendem expandir ainda mais o retorno às aulas presenciais. Contudo, como garantir que esse retorno seja produtivo, saudável e até mesmo divertido para as crianças – depois de quase 2 anos interagindo com os amigos e professores por meio das telas?

O Programa de Acolhimento Socioemocional Compasso possui essa mesma preocupação. Nesse sentido, tem como proposta auxiliar alunos, professores e pais com a readaptação das crianças ao ambiente escolar – no formato que era tão habitual e querido antes da pandemia. Sobre isso, o porta-voz do projeto, Fernando Gabas, falou da necessidade de um ambiente escolar que se preocupe com mais do que o conteúdo ensinado durante entrevista à Pais&Filhos.

“No retorno às aulas, é importante falar sobre o que aconteceu. Não adianta voltar com as crianças e fingir que nada ocorreu. Será preciso acolher a todos os sentimentos e dar a devida importância a tudo para seguir adiante. Esse material de acolhimento ajudará os professores a lidar com tudo isso”, disse, sobre o material desenvolvido pela ONG americana Committee for Children.

O Compasso já tinha o compromisso de promover um convívio mais saudável dentro das escolas– por meio de uma grade horária semanal de aulas e atividades que ensinavam crianças e adolescentes sobre empatia, educação e diálogo. A cidade de Boa Vista, em Roraima, possui o programa instituído em 100% das suas escolas públicas – e, assim, já pôde ajudar mais de 43 mil estudantes.

O programa já ajudou mais de 40 mil estudantes em Roraima (Foto: Getty Images)

A gestora da Escola Municipal Menino Jesus da Praga, Esmeralda Araújo, acredita no poder dessa iniciativa no bem estar dos alunos, que conversa diretamente com um elevado nível de produtividade em sala de aula. “O ensino socioemocionalatua de forma preventiva, independentemente se está havendo problema com o aluno”, comentou.

“Isso porque não se soluciona conflitos pontuais. Desde que iniciamos com o programa, deixaram de existir conflitos diários entre alunos. Alguns, chegavam à agressão física. O mais importante neste momento será fazer com que um aluno se coloque no lugar do outro. O conteúdo também vai ajudar na superação, principalmente daqueles que perderam familiares”, ainda completa Esmeralda, sobre a importância do projeto após a pandemia do coronavírus – que já matou mais de 500 mil pessoas no Brasil.

A professora da mesma instituição, Ingrid Rubim, percebe a importância desse tempo reservado para diálogos reais com as crianças. “Muitas vezes é preciso falar sobre sentimentos com os alunos antes de iniciar a aula, senão não temos condições de seguir”, contou. Ingrid também acredita, dessa maneira, em um aumento do tempo dedicado ao Compasso na escola – em outros formatos, em outras disciplinas.

O Compasso ajuda crianças a entenderem as próprias emoções dentro e fora da sala de aula (Foto: Divulgação)

O projeto está assistindo sua disseminação para outras partes do território nacional, inclusive em São Paulo. E, sobre a importância de uma iniciativa que atua diretamente com a saúde mental de crianças e adolescentes no Brasil. “Hoje em dia o mundo precisa de muito mais do que só um conhecimento conteudista, precisamos também ensinar as crianças a reconhecer as emoções, a lidar com as emoções, a fazer e manter relacionamentos saudáveis, a ter empatia e compaixão, por exemplo”, relembra Fernando. “Isso é muito importante hoje em dia. Esse foi o ponto de partida: dar um novo olhar para essas crianças e um novo propósito de vida para elas”.

Ajuda que chega em casa!

Além de um projeto que visa o auxílio dos jovens dentro das escolas, o Compasso promete conversar também com os professores e os pais – que assistirão um afastamento das crianças, depois de 2 anos de união diária e ininterrupta por causa do isolamento social.

“Dentro do programa Compasso existe o caderno do aluno. Esse caderno faz uma ponte com a família, que é crucial. Isso porque são levados para dentro de casa temas como respeito, empatia e compaixão para que os pais tenham esse diálogo e essa abertura com as crianças para falar sobre tais assuntos”, contou Fernando, sobre parte do material desenvolvido pelo projeto.

“Conseguimos incentivar esse tipo de diálogo e essa conversa saudável à mesa. Vou dar um exemplo:  no caderno do aluno há uma atividade: – saber o que seu filho está aprendendo? Está aprendendo a ser respeitoso. Em seguida, explicamos o que ele aprendeu. Depois, a família é convidada a conversar sobre uma situação que vivenciaram juntos ligada ao tema”, detalhou.

A pandemia do coronavírus trouxe muitas sequelas para todo mundo – até mesmo aqueles que tiveram o privilégio de não perderem familiares e entes queridos para a doença. Por isso, o Compasso surge como uma tentativa de reconectar toda a comunidade escolar, depois de um período de tanto distanciamento.

O projeto também cuidará dos pais dos estudantes (Foto: Getty Images)

“Isso vai ajudar os estudantes a se sentirem confortáveis e confiantes na escola, para que estejam prontos para aprender”, Fernando acredita. A criação de um material especial sobre a pandemia, nesse processo, foi essencial. “A gente precisa dar ferramentas para essas crianças saberem reconhecer e lidar com suas emoções não apenas atualmente, mas em qualquer que sejam as adversidades da vida, para que elas saibam passar por elas”finaliza o coordenador do projeto. Para conhecer detalhes dessa e de outras iniciativas, clique aqui!

O programa Compasso é responsabilidade do Instituto Vila Educação – que está em busca de mais entidades responsáveis por melhorar o ensino de crianças e adolescentes no Brasil. As instituições que estão na mira do Vila Educação focam, antes de mais nada, em uma educação integral que priorize a criança. Além disso, o comando de um educador é essencial para facilitar a implementação do projeto.

Por causa disso, a busca é para a doação de material de ensino de educação socioemocional e mindfulness. A iniciativa inclui a formação dos educadores das entidades.

Para serem recomendadas, é preciso que tais organizações existam, no mínimo, há dois anos e acolham um número superior a 100 crianças ou adolescentes. Conhece projetos interessantes? Você pode enviar sugestões e doações clicando aqui!


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