Publicado em 14/04/2021, às 08h48 - Atualizado às 08h51 por Letícia Mutchnik, filha de Sofia e Christiano
Monique Medeiros mandou para a mãe, Rosangela, foto do filho dormindo no chão do quarto de casal no dia 23 de março, exatamente às 21h42. O menino de 4 anos aparecia deitado em uma cama feita no chão da suíte onde a mãe morava com Dr. Jairinho,desde novembro.
A troca de mensagens, obtida pelo EXTRA, foi recuperada no celular da professora pela Polícia Civil do Rio e consta no inquérito que apura o caso. Na conversa por WhatsApp, a avó por parte de mãe responde: “Toda criança é desse jeito. Seu irmão foi assim. O problema é que pai tolera e aceita. E tio???????”, questiona.
Em seguida Monique rebate: “Quem ama, aceita e tolera também…”. As duas professoras ainda se declaram uma a outra: “Te amo” e “Te amo também. Obrigada!”. A conversa entre elas aconteceu precisamente 11 dias depois de a mãe de Henry ser alertada em tempo real, pela babá Thayna de Oliveira Ferreira, de que o menino estava sendo agredido pelo pelo padrasto.
Neste dia, 12 de março, a mãe, que estava em um salão de beleza em um shopping cinco minutos do condomínio Majestic, demorou três horas para retornar ao apartamento. Em depoimento prestado na 16.ª DP (Barra da Tijuca), Thayna disse estar na brinquedoteca do prédio com Henry quando, por volta de 19h, Monique chegou e pediu para que descessem a fim de “darem uma volta” de carro.
Ela ainda teria dito: “Nossa, eu vim rápido, ainda borrei minha unha. Me conta, Thayna, o que aconteceu?” A babá então novamente relatou o que presenciou e conversou com o menino, sendo que ele, segundo ela, confirmou com a cabeça que havia sido agredido por Jairinho.
Henry Borel, segundo o G1, não resistiu na madrugada da segunda-feira, 8 de março, na Barra de Tijuca, Zona Oeste do Rio. No dia, o menino estava na casa da mãe, Monique Medeiros da Costa Almeida, e do padrasto, o vereador Jairo Souza Santos, o Dr. Jairinho (Solidariedade).
No laudo médico é relatado que a criança já deu entrada no hospital sem vida, sendo a causa uma hemorragia interna e laceração hepática causada por uma ação contundente. A criança apresentava:
O pai, no depoimento, contou que recebeu uma ligação de Monique às 4h30 pedindo que ele fosse até o Hospital Barra D’Or, porque o filho não estava respirando. Ela contou a Leniel que fez respiração boca-a-boca em uma tentativa de reanimar a criança.
As médicas que atenderam o menino no hospital também foram ouvidas pela polícia e as três pediatras garantiram que Henry chegou sem vida ao local. A mãe, Monique Medeiros, e o padrasto, vereador Doutor Jairinho, também realizaram os depoimentos e houve divergências entre eles.
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