Publicado em 14/12/2022, às 15h28 por Jennifer Detlinger, Editora-chefe | Filha de Lucila e Paulo
A escola estadual Primo Bitti, em Aracruz, no Espírito Santo, reabriu as portas nesta quarta-feira, 14 de dezembro, em uma manhã cheia de significado e emoção. O local estava fechado desde o dia do ataque em dois colégios no bairro em 25 de novembro, tragédia que deixou quatro mortos, incluindo duas professoras da escola.
A reabertura foi feita com o propósito de fortalecer a conexão entre estudantes, professores e funcionários e para que a comunidade volte a ocupar o espaço escolar por meio de atividades de acolhimento e culturais.
A Secretaria de Estado da Educação (Sedu) está com uma equipe de psicólogos e assistentes sociais trabalhando na escola com o apoio de entidades especializadas em situações como a tragédia ocorrida na escola Primo Bitti. Além disso, parceiros como o Instituto Unibanco e Instituto Península, estão ajudando com o suporte em diversas ações, especialmente com profissionais especializados.
Roberta e Taís Bento, mãe e filha, especialistas em educação, fundadoras do SOS Educação, colunistas e embaixadoras da Pais&Filhos, também fazem parte da equipe de apoio e acolhimento da Primo Bitti e estiveram pessoalmente na escola para executar as ações. “Vamos seguir com o apoio às famílias no volta às aulas, em 2023, quando os alunos precisarão muito de seus familiares para reencontrar o potencial de aprendizagem abalado pelos acontecimentos que presenciaram na escola. “Está sendo uma mistura de dor pelas professoras que se foram, com um sentimento de união e determinação para seguir em frente e garantir que os alunos tenham à educação de qualidade que têm direito”, conta Roberta.
Vitor de Angelo, Secretário de Estado da Educação do Espírito Santo, que tem coordenado e acompanhado de perto todo o processo de reabertura da escola, conta que o Governo do Estado do Espírito Santo criou uma Sala de Situação, composta pelos secretários estaduais e municipais de educação, saúde, assistência social e segurança, para articular ações integradas e ágeis entre as áreas. “Nosso trabalho tem sido no sentido de dar o apoio prioritário às vítimas, aos familiares e à comunidade escolar afetada, além de fazer a articulação com os demais órgãos governamentais e com instituições da sociedade civil organizada. Desde a semana seguinte ao episódio, e com o apoio de parceiros importantes, temos empenhado um grande esforço para garantir o acolhimento e a assistência a todos da comunidade escolar. Esforço esse que vai de intervenções na rede física da unidade de ensino a apoio psicológico”, afirmou.
A escola estadual Primo Bitti está fazendo um grande trabalho de apoio para toda a comunidade escolar, envolvendo não só os alunos, como também os professores, funcionários e famílias.
“Antes da reabertura, o trabalho de apoio, com rodas de conversa e acompanhamento psicológico para os gestores e professores começou na igreja do bairro. Só depois disso, os profissionais voltaram para a escola, na segunda-feira desta semana, ainda contando com apoio de psicólogos, assistentes sociais, psiquiatra da Sedu e de instituições que vieram de Campinas, São Paulo e outros estados do Brasil, através do Instituto Unibanco e Instituto Península. Outras entidades como o Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação Moral (GEPEM), da Unicamp, NIPED e o Vita Lere, especializados em intervenção psicológica em emergências e desastres”, explica Roberta.
Diante da tragédia e do entendimento que nem todos possam se sentir ao entrar na escola novamente, a participação de professores e demais profissionais nas atividades de reabertura não é obrigatória neste momento. “Mas diante do apoio psicológico que está sendo oferecido e do desejo de escreverem juntos uma história de superação, a maioria tem feito um esforço enorme para estar presente”, conta a especialista.
A Escola Primo Bitti está passando por reformas após o ataque. Paredes ganharam outras cores, enquanto muros e a fachada foram renovados. A criação de ambientes com pufes e almofadas, mesas de jogos e espaços para interação entre os alunos também foram criados ao longo da semana. A sala dos professores, ambiente onde a tragédia maior ocorreu, mudou para outro espaço da escola.
E os corredores de acesso às salas de aula ganharam cor e decoração especiais, com elementos que lembram a natureza e cultura da comunidade ao redor da escola. “Essas mudanças na estrutura física da escola, junto com o suporte socioemocional que está sendo garantido à equipe, famílias e alunos ajuda para que todos possam ressignificar o espaço e reocupar o ambiente que é deles”, defende Roberta.
A escola vai permanecer aberta com atividades de acolhimento e suporte durante toda a semana. A volta do ano letivo de 2023 começará a ser discutida depois. Por enquanto, fica o retorno e o reencontro marcado por abraços, união e muita esperança. “É um clima de esperança, de busca por reequilíbrio e certeza de que uma linda história de superação está sendo escrita a muitas mãos. É emocionante estar presente aqui na escola e gratificante ser parte desse processo que mostra o quanto a educação é capaz de recomeçar e reescrever histórias, sempre com foco em um futuro melhor para todos”, finaliza Roberta.
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