Publicado em 26/04/2022, às 08h14 por Redação Pais&Filhos
O jovem Jonatan Ribeiro de Almeida, de 18 anos, foi morto na noite desta segunda-feira, 25 de abril, na favela do Jacarezinho, localizada na Zona Norte do Rio de Janeiro. Segundo reportagem do g1, a mãe do rapaz acusa os policiais militares de terem matado o seu filho à queima-roupa. De acordo com os familiares que presenciaram os acontecimentos, o Jonatan chegou morto na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Manguinhos.
“Meu filho foi executado dentro da comunidade do Jacarezinho, sem dever nada à polícia. Eu quero saber porque mataram meu filho, se ele não é traficante? E não socorreram meu filho, não deram a ele o direito de sobreviver. Ainda saíram correndo do local, mataram e deixaram lá”, diz Monique Ribeiro dos Santos, mãe do rapaz.
O Jonatan foi baleado na região do peito. Além disso, a matriarca acusa os profissionais, que estavam na comunidade em prol do projeto Cidade Integrada, de terem negado socorro à vítima. O jovem foi socorrido pelos próprios moradores do bairro.
Ainda de acordo com o g1, a Corregedoria da Polícia Militar abriu um processo apuratório para averiguar as causas da morte do menino de 18 anos. No entanto, além de Monique, os moradores da comunidade também testemunharão sobre o acontecimento. Alegando que Jonatan foi morto em um momento que não havia operação e nem patrulhamento na favela. Além disso, as testemunhas dizem que o único disparo realizado naquela noite, por por conta de uma tentativa de emboscada.
“Ele estava na minha frente, eu vi tudo acontecendo diante de mim. Aconteceu tudo muito rápido, de repente vieram muitos policiais correndo [da localidade conhecida como] Pontilhão e deram um tiro só. O Jonatan viu a correria mas travou no meio da rua, ele não sabia para onde correr para se abrigar. Ele tomou um tiro pelas costas, que atravessou o corpo dele e saiu no peito”, afirmou uma testemunha não identificada.
A Monique, mãe do jovem, diz que o filho não tinha nenhum envolvimento com o crime. Segundo ela, o rapaz trabalhava com a tia e estava às vésperas de realizar o alistamento militar obrigatório. “Ele é um menino de bem, trabalhador, trabalha com a minha irmã em venda de roupas, faz entrega. Não estava trabalhando agora porque ele está para se alistar no quartel e não podia trabalhar de carteira assinada. Agora mataram meu filho com um tiro no peito”, desabafou.
Em nota à imprensa, a polícia informou que os profissionais não conseguiram prestar socorro à vítima em decorrência da reação de um grupo de moradoras, que arremessaram pedras e garrafas em direção da equipe. De acordo com eles, o jovem tinha drogas e uma réplica de arma de fogo.
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