Publicado em 20/05/2022, às 18h23 - Atualizado às 18h24 por Redação Pais&Filhos
Uma nova vacina foi criada contra meningite meningocócica. Ela se chama MenQuadfi e segundo o estudo clínico publicado no dia 21 de abril na revista Human Vaccines and Immunotherapeutics, apresentou excelentes resultados em bebês de 0 a 2 anos, tendo uma alta proteção para os quatro tipos de bactérias mais comuns nessa faixa etária.
Conforme informações da farmacêutica Sanofi – que é a produtora da vacina – o novo imunizante induz uma resposta imune superior contra a meningite causada pelo meningococo C, em relação a outras fórmulas mono e tetravalente (que já são usadas). O tipo dessa meningite é a mais comum no Brasil e corresponde a 80% dos casos do país.
O estudo também apresentou uma alta proteção, comparada à vacina quadrivalente da Pfizer, no entanto, ela apresenta menor proteção contra o tipo C.
No Brasil, o Programa Nacional de Imunização oferece a Monovalente C, com três doses que são aplicadas aos 3, 5 e 12 meses. Já, a imunização contra meningococo B é oferecida em rede pública para jovens de 11 e 12 anos. Conforme a Sanofi, a nova vacina já tem autorização para uso em crianças maiores de 12 anos no país.
Foram 701 bebês de 12 a 23 meses que não tinham recebido nenhuma vacina meningocócica anteriormente. Foram selecionados 29 centros distribuídos na Alemanha, Dinamarca e Finlândia.
Ao todo, 230 bebês tomaram a vacina MenQuadfi, 232 tomaram a quadrivalente e 239 receberam a monovalente contra o tipo C. Para chegar à conclusão sobre a eficácia da proteção imunológica, os pesquisadores recolheram amostras de sangue no dia que foram vacinados e após 30 dias.
100% das crianças imunizadas com a vacina em estudo, tinham anticorpos contra a meningite três anos depois da aplicação da vacina. E sobre a vacina quadrivalente, seis a cada dez crianças apresentavam anticorpos.
Entre o grupo de doenças, destacam-se no Brasil as meningites bacterianas, como a meningocócica, que merece atenção. Trata-se de um processo inflamatório das meninges — membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal. Ela é causada por uma bactéria e tem transmissão direta (de pessoa para pessoa). Segundo o médico e pesquisador Felipe Lorenzato, PhD em Patologia Molecular pela University College London, a meningite meningocócica pode acontecer por troca de secreções respiratórias e da garganta, como tosse, espirro, beijo ou do compartilhamento de utensílios de cozinha.
A meningite bacteriana é uma doença de evolução rápida: quando os sintomas aparecem, o quadro já está grave e pode levar a óbito em poucas horas. Ele também pode trazer consequências como convulsões, perda auditiva e retardo cognitivo. O tempo entre a exposição e a manifestação dos primeiros sintomas da infecção pela bactéria normalmente é de 2 a 10 dias, mais comum entre 3 e 4 dias.
A bactéria adere à boca e ao nariz, penetra a mucosa e vai para as membranas que recobrem o cérebro e a medula espinhal. Então, causa meningite meningocócica, e/ou atinge a corrente sanguínea, causando infecção generalizada. A meningite bacteriana pode causar deficiências sérias, permanentes e inclusive causar morte entre 24 e 48 horas após a manifestação da doença. Por isso, é muito importante que o tratamento seja feito de forma rápida.
Os sinais iniciais da doença, como febre, irritabilidade, dor de cabeça, perda de apetite, náusea e vômito, são iguais a de doenças menos agressivas como o resfriado e outras doenças virais. Só depois que o paciente pode apresentar manchas arroxeadas na pele, rigidez na nuca e sensibilidade à luz. Os bebês em fase de aleitamento materno apresentam um quadro diferenciado. Por isso, deve-se observar: febre, irritabilidade ou agitação, gemido de dor ao mexer em suas pernas, recusa alimentar, vômitos, convulsões e o surgimento de uma protuberância arredondada no topo da cabeça do bebê.
O diagnóstico inicial é clínico, com exame físico, feito por exclusão, já que os sintomas iniciais não são tão específicos. O diagnóstico laboratorial tem resultado entre 1 e 3 dias. Quando há suspeita clínica de doença, no entanto, o início do tratamento deve ser imediato e não deve aguardar o resultado dos testes.
A vacinação é uma das melhores formas de proteção não só contra meningite, mas também outros problemas desaúde. Além de causar morte entre 24 e 48 horas após a manifestação da doença, a meningite bacteriana pode causar deficiências sérias e permanentes. Por isso, é importante que o tratamento seja feito de forma rápida. Se você ou alguém da família tiver algum dossintomas citados anteriormente, não deixe de procurar o médico.
As crianças pequenas correm maior risco de ser infectadas e são o grande alvo das campanhas de vacinação. Mas isso não significa que adultos estão livres — até 23% dos adolescentes e adultos são portadores da bactéria, podendo transmiti-la para outras pessoas através da saliva e partículas respiratórias, sem necessariamente desenvolver a doença. Por isso, é importante se vacinar e vacinar o seu filho, ok?
Hoje, existem vacinas para a prevenção dos cinco sorogrupos mais comuns no Brasil: as vacinas contra a meningite meningocócica causada pelo tipo B e as vacinas contra os tipos A, C, W e Y.
A vacina contra os tipos A, C, W e Y é recomendada para crianças com mais de 3 meses de idade, além de jovens e adultos, dependendo da situação epidemiológica. Já as vacinas para a prevenção do tipo B têm indicações de idade diferentes, mas abrangem a faixa etária dos 2 meses aos 50 anos.
Nos postos de saúde, a vacina contra a doença causada pelo meningococo C é disponibilizada para crianças menores de 5 anos de idade e adolescentes de 11 a 14 anos.
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