Publicado em 06/10/2020, às 13h49 por Helena Leite, filha de Luciana e Paulo
Júlia, uma garota de 16 anos, estava passando o primeiro aniversário do pai sem ele. No dia 21 de dezembro do ano passado, o mineiro Ramon do Vale Vicente morreu aos 53 anos. Foram dois anos lutando contra a leucemia. Para relembrar do pai nessa data tão marcante, a garota reuniu a a caixa de coisas que tinha dele: roupas com o cheiro dele, celular, o perfume que ele usava e algumas cartas. Foi então que ela decidiu mexer no celular do pai e abriu um aplicativo que nunca tinha aberto desde a morte do pai: as notas.
Ao entrar nas notas do celular, a garota se deparou com uma surpresa, que a fez chorar: enquanto estava no hospital, o pai fez uma lista de coisas que gostaria de fazer quando se recuperasse. “Quando sair do hospital, eu vou…”, escreveu ele, começando a lista, que tinha itens como : “ver a Ju casar“, “cuidar dos meus netinhos”, “construir uma casa no meio do mato”, “ajudar as crianças no hospital”, “fazer comidas novas para a Ju”, “fazer a tatuagem com a Ju”, entre outros. A lista continha 26 planos e uma nova linha, que ele não conseguiu completar.
Emocionada, a menina decidiu compartilhar a lista no Twitter. “Por isso que eu falo, aproveitem. Encontrei essa lista q meu pai escreveu no hospital antes de morrer. Podem ter certeza que eu irei realizar toda essa lista do meu papai!! E eu tenho certeza que ele vai estar junto comigo nesses momentos especiais!!!”, escreveu ela na publicação, que acumulou mais de 145 mil curtidas e quase 15 mil retuítes.
“Quando a gente perde, é horrível. Acho que as pessoas deveriam aproveitar enquanto podem, ainda mais agora em tempos de pandemia. A gente tem que aproveitar quem a gente ama, passar mais tempo, curtir, contar as coisas, aproximar mais… Todo mundo está muito afastado de todos”, desabafou a menina, em uma entrevista à Época.
Depois de encontrar a lista, Júlia se comprometeu em realizar os desejos do pai – pelo menos os que ela conseguisse. Alguns, aliás, foram realizados antes mesmo da garoa encontrar a nota. Em janeiro, ela pediu que a mãe a levasse para Cabo Frio, no Rio, a praia favorita do pai, para onde ele estava louco para ir. Era o primeiro item da sua lista. A tatuagem que os dois fariam juntos, uma reprodução de uma foto que Júlia tirou do batimento cardíaco do pai no monitor da UTI, também já foi feita. Além disso, a menina e a mãe, Fernanda, também já começaram a ajudar as crianças do hospital antes de verem a lista, criando um projeto chamado “Missão Sofia”, que produz perucas para crianças com câncer.
Júlia contou, em entrevista à Época, que a lista é só mais uma lembrança do pai “O tempo todo eu me lembro dele. Qualquer coisa que eu faço, eu me lembro dele”, diz. “Completá-la é mais uma maneira de tê-lo por perto”, finaliza.
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