Família

Mães de alunos e ex-funcionárias reagem a denúncias de maus-tratos em escola em SP

Pai de bebê que foi amarrado com ‘camisa de força’ em escola infantil conta que filho desenvolveu traumas - Pai de bebê que foi amarrado com ‘camisa de força’ em escola infantil conta que filho desenvolveu traumas
Pai de bebê que foi amarrado com ‘camisa de força’ em escola infantil conta que filho desenvolveu traumas

Publicado em 17/03/2022, às 12h52 por Luiza Fernandes, filha de Neila e Mauro


Nesta semana, um vídeo chocou as redes sociais: um grupo de crianças amarrada em camisas de força dentro de um banheiro de uma escola particular em SP que está circulando por todo o país. A escola em questão é a Escola de Educação Infantil Colmeia Mágica na Vila Formosa, na zona leste de SP, e foi denunciada para as autoridades.

Agora, mães de outros alunos da instituição se chocaram com os acontecimentos e reagiram a denúncia à unidade. Para a UOL, uma dessas mulheres, chamada Sueli e mãe de um aluno de 2 anos e 6 meses, lamentou: “Depois que fui embora, recebi vídeo do meu filho amarrado e fui para a delegacia”, disse. “A gente quer que a escola pague por tudo isso, que seja feita justiça. É traumático para nós e para nossos filhos”.

Sueli ainda contou que, após buscar o filho na escola, recebeu uma mensagem da diretora a convocando para uma “reunião urgente” no dia seguinte. Contudo, na noite daquele mesmo dia, já teve acesso aos vídeos do filho amarrado no banheiro do local.

Pai de bebê que foi amarrado com ‘camisa de força’ em escola infantil conta que filho desenvolveu traumas
Pai de bebê que foi amarrado com ‘camisa de força’ em escola infantil conta que filho desenvolveu traumas
(Foto: Reprodução/G1)

As mães, diante do ocorrido, criaram um grupo no Whatsapp para compartilhar episódios suspeitos que tivessem visto com as crianças. Noeli, mãe de outro aluno da escola, contou que estranhava que a comunicação com a escola nunca era feita com os professores e funcionários – apenas com a diretora.

“Meu filho tem um atraso em relação às crianças, mas ele ficava agitado na cadeirinha ou até mesmo para dormir durante a semana. Hoje, eu já desconfio que essas atitudes sejam reflexo do que ele vivia na escola”, narrou Sueli, ainda para a UOL.

Além das mães, funcionárias e ex-funcionárias da instituição também relataram os episódios de maus-tratos da direção da escola. “Quando eu via alguma criança chorando, ficava desesperada para ela não chorar. Se a diretora ouvisse, eu ia tomar bronca e ela ia pegar a criança”, contou uma funcionária, que se demitiu uma semana antes dos vídeos serem vazados.

Entenda o caso

Uma escola infantil particular está sendo investigada pela Polícia Civil por maus-tratos a crianças. O local que fica na zona leste de São Paulo está sendo denunciado após vídeos vazarem, onde mostram crianças chorando e amarradas com ‘camisa de força’ em um banheiro.

Nos vídeos é possível ver que as crianças estão dentro de um banheiro, sentadas em cadeirinhas de bebês, no chão, embaixo de uma pia e próximas à privada. Uma mãe disse ao portal do G1 que identificou seu filho em dois vídeos. As imagens foram gravadas dentro da Escola de Educação Infantil Colmeia Mágica, na Vila Formosa, que é alvo de um inquérito policial aberto no Central Especializada de Repressão a Crimes e Ocorrências Diversas (Cerco) da 8ª Delegacia Seccional.

Escola é denunciada por maus-tratos em SP
Escola é denunciada por maus-tratos em SP (Foto: Reprodução)

Além do crime de maus-tratos, a delegacia investiga a unidade escolar por suspeita de periclitação da vida e da saúde, que seria colocar a vida das crianças em risco, e submissão de crianças a vexame ou constrangimento. A polícia ainda tenta identificar quem fez as filmagens.

A mãe que identificou o filho de quase 2 anos nos vídeos que circulam na internet prestou depoimento à polícia. “Identifiquei meu filho em dois vídeos. O primeiro, ele estava em um banheiro com mais quatro crianças amarradas, e no segundo, estava chorando com mais três bebês em uma sala no escuro”, disse. Para ver o vídeo clique aqui! 

Segundo ela, seu filho ficou com sequelas em razão do trauma que sofreu. “Vem apresentando um nervosismo intenso, dificuldade para dormir, ele chora quando vamos colocar ele na cadeirinha do carro, sabe. Nós achávamos que era de desenvolvimento dele, mas hoje com todas essas informações sabemos que é devido à forma que ele era tratado. Ele estudava lá desde os 11 meses.”


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