Publicado em 29/03/2019, às 09h33 por Yulia Serra, Editora | Filha de Suzimar e Leopoldo
Tyla Livingstone, de 22 anos, foi diagnosticada com glioblastoma, um câncer cerebral em fevereiro de 2018 e resolveu fazer cartões de aniversário para o seu filho, para que ele não se esqueça da mãe.
A mulher descobriu a doença após acordar com uma paralisia do lado direito. A ideia de deixar os recados surgiu após os médicos dizerem que ela não sobreviveria por mais de cinco anos. “Eu sei que o meu tempo está acabando”, contou ao Daily Mail.
Os primeiros sinais do tumor apareceram durante a gravidez de Tyla. Com 31 semanas, ela sentiu uma forte dor abdominal. Para aliviar, entrou no chuveiro e sua mão ficou paralisada. Assustada, gritou para sua mãe e saiu do banho.
Quando ela chegou, a filha estava apagada. Quando Tyla acordou, sua mãe já ligava para a ambulância. “Eu estava tão estressada pelo meu bebê, que nem pensei em mim”, revelou ao canal britânico. Mas no caminho para o hospital, ela o sentiu em sua barriga e conseguiu ficar mais aliviada.
Lá, ela fez exames que negaram a possibilidade de pré-eclâmpsia, mas apontaram que uma massa de dois centímetros crescia no lado esquerdo do seu cérebro. Em um primeiro momento, o tumor foi dado como benigno ou facilmente eliminado.
Os sintomas permaneceram após o nascimento de Preston. A mãe acordou em uma manhã com paralisia no lado direito, mas culpou o álcool, já que havia saído na noite anterior. Após dois dias, ela ligou para o médico que foi investigar os exames após o parto.
Neles, ele percebeu um crescimento enorme do tumor, que estava pressionando os nervos de Tyla, o que explicava a paralisia. Imediatamente, a mãe foi levada ao hospital, onde aplicaram esteróides para reduzir o inchaço.
Ela teve alta, mas mal conseguia caminhar e precisou que a família cuidasse do filho em casa. Mais tarde, em 26 de fevereiro, ela precisou passar por uma cirurgia de emergência de 6 horas no cérebro. Mesmo após a intervenção, ela recebeu a notícia que já apresentava um glioblastoma de grau 4, ou seja, terminal.
“Saber da notícia foi horrível. Naquele momento, eu morri por dentro“, disse Tyla ao jornal britânico. A quimioterapia e radioterapia destruiu algumas células, mas o tumor cresceu. “É como se eu tivesse ganhado na loteria, mas uma loteria horrível sem dinheiro envolvido”, completou.
A mãe contou que continua positiva, embora se sinta culpada pela situação. “Eu costumava me sentir péssima na escola pelas pessoas que haviam perdido os pais, e é tão triste que isso irá acontecer com meu filho”, desabafou e continuou: “Mas de uma forma eu me sinto grata que esteja acontecendo agora, porque ao menos ele não entende”.
Além dos cartões, Tyla também cortou mechas do cabelo para dar a Preston. “Eu preciso que meu filho saiba que sua mãe lutou desesperadamente duro para estar com ele, que ela o ama tanto e não escolheu deixá-lo”, finalizou.
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