Publicado em 30/11/2021, às 13h36 - Atualizado às 13h39 por Redação Pais&Filhos
Eleanor Bradford, devolveu um de seus filhos adotivos para o sistema de assistência. Ela disse que se sentiu “forçada” a cometer tal ato, alegando que a “falta de apoio” do governo fez com que ela se sentisse incapaz de lidar com o garoto, Na Escócia.
Em entrevista ao The Times, Eleanor contou que adotou dois irmãos em 2014, um com 3 e outro com 7 anos de idade. Os primeiros cinco anos em que viveram juntos foram ótimos, mas depois “o sonho se transformou em pesadelo” quando o menino mais velho mostrou mau comportamento. “Ele começou a mentir, cortar minhas roupas, roubar a minha família e se envolveu em crimes online”, contou a mulher.
Devido a todos os problemas causados pelo garoto, agora adolescente, Eleanor e seu parceiro tomaram a decisão de devolvê-lo. “Agora posso entrar pela porta e deixar minha bolsa sobre a mesa. Antes, eu tinha que trancá-la e esconder a chave”, falou.
Segundo ela, o menino já foi transferido para cinco casas diferentes em um curto período de tempo. A mulher acredita que o adolescente sofra de síndrome alcoólica fetal, que ocorre quando a mãe consome grande quantidade de bebidas alcoólicas durante o período de gestação e pode causar danos cerebrais no bebê. Isso explicaria o distúrbio comportamental do adolescente.
Segundo Eleanor, a decisão de devolver o garoto não foi fácil, mas sua família ficou aliviada depois que ele foi embora. “Nossa casa é um lugar feliz. Temos tempo para ler para nosso filho mais novo, um luxo que foi posto de lado enquanto lidávamos constantemente com as consequências do comportamento de nosso filho mais velho”, disse.
Ela é administradora de uma instituição de caridade voltada à adoção de crianças, e disse à BBC que se sente “frustrada” pelo pouco apoio que o governo e as instituições dão às famílias e às crianças adotadas. A mulher aponta que antes de chegarem ao orfanato muitas crianças já sofreram diversos traumas e isso pode levar a vícios, roubo, comportamento sexualizado entre outros. “Não só precisávamos de apoio para ele, mas estávamos chegando a um ponto em que ele nos colocava em risco e colocava em risco seu irmão mais novo”, falou a mulher se referindo ao garoto que devolveu.
A instituição Adoption UK disse à BBC que cerca de 3% a 4% das adoções do Reino Unido são interrompidas anualmente e cerca de 75% dos pais adotivos lutam para receber o apoio necessário para seus filhos. “Todas as autoridades locais têm o dever legal de fornecer apoio às famílias adotivas. Esta abordagem é complementada por um compromisso do governo escocês de investir £ 500 milhões ao longo da vida dessa criança através do Whole Family Wellbeing Fund. Isso garantirá que as famílias tenham acesso ao suporte onde e quando precisarem”, disse um porta-voz do governo escocês.
No entanto, Eleanor defende que se realmente tivesse recebido apoio do governo, a situação poderia ter sido diferente. “É uma tragédia para ele e para nós. Se o governo investisse em atendimento psicológico especializado em traumas para crianças adotadas, não apenas nosso filho, mas muitas outras crianças traumatizadas poderiam ter acessado o apoio”, afirmou.
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