Publicado em 10/03/2023, às 13h02 - Atualizado em 12/04/2023, às 14h22 por Redação Pais&Filhos
Uma gravidez é motivo de comemoração e felicidade, no entanto, nessa história, a mãe nem imaginava os desafios que estariam por vir. A psicóloga Aline Borges descobriu que estava grávida e essa gestação era muito esperada e desejada. Porém, após 4 meses de gestação, a mãe recebeu um diagnóstico de câncer de mama que mudaria o rumo de seus planos para a maternidade.
Em conversa com a Pais&Filhos ela relatou que ficou em estado de choque quando recebeu a notícia. “Fiquei sem chão (literalmente, pois meu marido teve que me segurar na rua ao sair do médico). Não acreditava que estava passando por isso. Tinha muito medo de não poder ver minha filha crescer. Os médicos falaram que era raro, grave, urgente, mas que eu podia tratar mesmo grávida”, iniciou ela.
Porém, essa opinião não era unânime. Alguns médicos chegaram a sugerir que ela abortasse: “Escutei muitas opiniões, e decidi parar quando um deles me sugeriu abortar. Isso era fora de cogitação pra mim. Então voltei à primeira equipe e segui. Fiz um protocolo que talvez não fosse tão efetivo, mas era seguro pra ela [minha filha]”.
Segundo a programação, a filha nasceria com 28 semanas, no entanto, mesmo a mãe perdendo peso, a filha estava crescendo cada vez mais, e conseguiu segurar a gestação até a 34ª semana – quando ela realizou um ultrassom e foi encaminhada para o parto. “Minha reação foi viver um dia por vez. Os dias difíceis também tinham 24 horas, então também chegavam ao fim. Tentava focar na gravidez, nos planos, no enxoval. Como disse minha médica, ‘o câncer não é uma sentença de morte’, e nos momentos difíceis esse era meu mantra diário”.
Dentre os tratamentos, Aline escolheu a quimioterapia porque a bebê estava sendo protegida pela placenta. Ela optou por um procedimento que não fosse agressivo o suficiente para o tumor, mas que a filha não seria prejudicada. “A quimioterapia foi bem difícil! Nas primeiras sessões eu me sentia muito mal com as reações, mas com o tempo fui me acostumando e manejando melhor os sintomas que eu tinha. Fiz o tratamento num lugar excelente que dava muita atenção a tudo isso”, relembra.
“Era difícil gerar uma vida e lidar contra a morte ao mesmo tempo. Minha gravidez foi muito desejada e planejada, e, de repente, minhas saídas eram para o tratamento e consultas. Pouquíssimas pessoas me viram grávida. A única coisa que importava éramos nós duas ficarmos bem, é isso não é o que esperamos em uma gravidez. Aquela idealização toda caiu por terra”, relatou a mãe.
No entanto, a relação do câncer com a filha que estava na barriga, não era um medo para Aline. Ela contou que tem muita fé e que já imaginava que tudo ficaria bem. O único medo dela era não estar viva para ver a filha crescer se caso ela tivesse alguma intercorrência, metástase ou que não sobreviesse.
Felizmente a resposta a quimioterapia de Aline foi completa, inclusive, na primeira sessão, o tumor já não era mais palpável. “O risco de vida nos dois primeiros anos é grande, foram anos de muito susto, medo, muito monitoramento, mas também de muita fé. Para medicina, cinco anos é um marco. Mas a minha médica sempre disse que se a doença tinha desaparecido com os tratamentos, era para eu me sentir curada. E assim seguimos”.
Seis anos após o diagnóstico, Aline diz que nem ela e nem a filha tiveram sequelas. A mãe ainda reforçou que as duas se alimentam bem, fazem atividade física e mantém uma vida saudável. “Ana Victória não precisa de nenhum acompanhamento extra, é uma menina normal de seis anos, falante, alegre, que não passa despercebido em nenhum lugar. Eu sigo com exames de rotina, mas hoje muito mais espaçados. Somos uma dupla de mãe e filha comum, mas que vive intensamente cada momento, cada aniversário, cada Natal. Porque valorizamos cada dia que temos a possibilidade de estar aqui”, finalizou.
O médico Marcelo Bello afirma que o diagnóstico de mama é feito com mais dificuldade na gestação, afinal, as mamas ficam mais densas e, quando acontecem já é tardio. Mas. segundo a Sociedade Americana do Câncer, o câncer de mama é diagnosticado em 1 a cada 3 mil mulheres e mesmo que a descoberta seja menos frequente na gestação, esse é o tipo mais comum na gravidez.
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