Publicado em 24/08/2023, às 08h07 por Ketlyn Ribeiro, Estagiária | Filha de Leandra e Vagne
Ana Carolina Oliveira, a mãe de Isabella Nardoni, contou durante um podcast sobre como superou o trauma após a perda da filha e se tornar mãe novamente. O assunto delicado foi abordado de forma emocionante.
Atualmente, Ana é casada e tem dois filhos. “Eu sempre quis. Quando eu descobri que estava grávida, foi demais. Você vai no médico, escuta o coração do bebê… foi muito f*. Agora eu tenho um menino e uma menina”, contou emocionada em conversa ao Tiracatica Cast.
Ela conta que a primeira gestação após a perda de Isabella foi muito difícil. “A primeira gestação depois, a carga emocional foi muita. Quando as pessoas descobriram, queriam saber, informações, notícias… e foi aquilo tudo, de novo. Eu tinha altos e baixos. Essa carga foi muito grande pra ele”.
Ana ainda contou que nunca pensou em vingança após a morte da filha. “Eu prefiro seguir o caminho do bem do que ir pro casamento do mal que não vai me trazer minha filha de volta. É o caminho que eu aprendi e quero seguir para sempre na minha vida”.
Nesta terça-feira, dia 15 de agosto, a mãe de Isabella Nardoni, Ana Carolina Oliveira, deu uma entrevista para o UOL sobre o documentário, ‘O Caso Nardoni’.Na ocasião, ela explicou o motivo que a fez participar da produção e opiniou sobre a pena da madrasta Anna Carolina Jatobá.
A menina de cinco anos, que foi brutalmente assassinada em março de 2008, terá sua história contada sobretudo pela mãe, Ana Carolina Oliveira, que revelou o que falou para a filha quando soube que ela estava morta.
O Caso Nardoni’mostra imagens do caso que chocou o país há 15 anos atrás, e aponta como mentirosas as versões contadas por Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá, pai e madrasta que foram condenados por tirar a vida de Isabella.
Os dois foram acusados de agredir cruelmente Isabella pouco antes do homicídio e, pensando que a menina estava morta, a teriam arremessado pela janela de seu apartamento, localizado no sexto andar de um edifício na Vila Guilherme, Zona Norte de São Paulo.
Em 2010, Jatobá e Alexandre foram condenados pela Justiça por homicídio.”Não acho justo ela estar voltando para casa. Daqui a pouco, pode ser ele (Alexandre). A minha filha nunca vai voltar para casa. Repito: a minha filha nunca vai voltar”, falou Ana.
“Tenho que aceitar as decisões da Justiça do meu país porque não tenho como mudar esse curso, mas acho justo? Não, não acho. Acho que se a minha filha não volta para casa, eles também não têm que voltar”, declarou a mãe sobre o convite para o documentário.
“Quando o Claudio Manoel (codiretor do documentário) me procurou para conversar, achei uma boa ideia inicialmente, no sentido de que é a história da minha vida, uma história que marcou e ajudou muitas pessoas. Apesar de 15 anos passados, casos de violência contra crianças ainda acontecem. Então, vi uma oportunidade de contar essa história para que a minha filha não fosse nunca esquecida, apesar de que por mim ela nunca será”, acrescentou Ana na entrevista.
A mãe de Isabella falou que pensou em não participar do documentário por conta dos seus filhos Miguel, de 7 anos, e Maria, de 3 anos. “É óbvio que para as outras pessoas não é o mesmo sentimento que tenho. Mas depois liguei para o Claudio falando que achava que era muito delicado, que isso ia mexer com feridas, porque hoje isso envolve meus filhos”, ela disse.
“Tenho um filho de 7 anos que sabe que tem uma irmã mais velha, mas não sabe a realidade dos fatos. Aí, eu desisti, mas depois voltei atrás. O meu propósito em aceitar fazer parte desse projeto foi que essa história e tantas outras que não foram contadas não sejam esquecidas”, explicou a mãe.
Além disso, ela aproveitou a oportunidade para falar sobre o julgamento do caso de sua filha. “O que todo pai e toda mãe procuram quando perdem o filho numa tragédia é justiça. O trâmite do processo, o julgamento, a condenação, é um processo de luto pelo qual você vai passando. Ver a justiça ser feita acalma o coração”, ela disse. “Óbvio que 15 anos depois toda aquela dor é mais branda, mas ela existe. Eu me tratei muito para chegar ao nível em que estou hoje e poder falar do assunto”, completou Oliveira.
“Falei e sempre falarei sobre o que aconteceu, mas é sempre dolorido e cutuca lembranças que a sua memória guarda lá no cantinho. A justiça foi feita, um ciclo se encerrou para mim, mas hoje fico com o meu sofrimento, a minha dor”, esclareceu Ana.
No final da entrevista, ela refletiu sobre o futuro de sua vida e declarou: “não acho que seja um desfecho da história, acho que ela será contada de outra forma. As pessoas, talvez, me escutem de uma forma como nunca ouviram”.
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