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Mãe conta que se arrepende de fertilização in vitro: “Não entendo o que é agradável em ter filhos”

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Publicado em 12/04/2022, às 17h37 por Helena Leite


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Uma mãe de dois filhos usou o fórum Mumsnet para fazer um desabafo recentemente. Ela contou que teve o primeiro bebê por meio de uma fertilização in vitro, mas que, se pudesse voltar atrás, não teria tido nenhum filho. A mulher reclamou que os filhos, que têm dois e cinco anos, vivem ‘brigando e reclamando’.

“Tenho dois filhos e realmente não entendo o que é agradável e divertido nisso. Eles parecem brigar muito, choramingar e o que quer que eu faça, nunca parece o suficiente. Eu não sei se sou apenas uma mãe de merda – eu realmente tento ser divertida e muito amorosa”, começou ela, desabafando.

Mãe conta que se arrepende de fertilização in vitro: “Não entendo o que é agradável em ter filhos”(Foto: Getty Images)

“É uma labuta constante ao longo do dia, sinto que constantemente estou fazendo algo e apenas paro na hora de dormir. Eu vejo coisas aqui sobre amar ser mãe, melhores anos etc e acho que isso só eu tenho esse problema”, continuou ela. A mãe, então, disse que se pudesse ‘voltar no tempo’ não teria filhos e admitiu que sente que está mais leve e tem um peso a menos nas costas quando fica um tempo longe das crianças.

Nos comentários, os internautas buscaram dar apoio a ela e algumas mães contaram que se simpatizaram com a situação dela. “Não é agradável e, embora eu os ame, eu o desfaria em um piscar de olhos se pudesse”, confessou uma mulher. “Você está em um estágio muito difícil e acabamos de passar por uma pandemia. Vai melhorar à medida que sua filha se tornar mais independente”, pontuou outra.

Ter problemas com os filhos é normal e é esperado que você queira alguns momentos só para você. Eles, aliás, são extremamente importantes, afinal, antes de ser mãe você é mulher e o autocuidado é essencial. Quando os problemas e o fardo parecer muito alto, é preciso olhar para possíveis sinais de depressão e buscar ajuda profissional caso seja necessário.

Sinais de depressão

Na longa lista de tabus de uma futura mãe ou de uma mãe recente, a depressão pós-parto (DPP) tem seu lugar no topo. Apesar de ser relativamente comum, a depressão pós-parto é amplamente mal compreendida. A condição afeta de 10% a 20% das novas mães e impacta brevemente cerca de 70% a 80% na forma de ‘baby blues’, uma condição menos severa e de curta duração.

É preciso ficar atenta nos sinais da depressão (Foto: Getty Images)

“Como todas as doenças mentais, há tanto estigma e estereótipos que cercam a depressão pós-parto que torna difícil para uma nova mãe pedir ajuda ou admitir que ela pode estar lutando contra isso”, diz Crystal Karges, uma mãe especialista em saúde da Crystal Karges Nutrition que também passou por depressão pós-parto. “Muitos dos sintomas da depressão pós-parto são frequentemente mal compreendidos ou confundidos como parte da ‘nova maternidade’, quando, na verdade, pode ser uma doença mais séria que justifique intervenções profissionais”.

Grande parte da discrepância entre a aparência da depressão pós-parto e o que realmente é, vem da maneira como é retratada na mídia e na sociedade, especialmente nas redes sociais. Estamos acostumados a ver um de dois extremos – a mãe feliz que se sente além de #abençoada por ter ganhado de presente seu bebê precioso e que aproveita cada momento #semfiltro, e a nova mãe profundamente abatida que não consegue parar de chorar porque seu mundo foi virado de cabeça para baixo. A realidade, entretanto, é que existe todo um espectro de sintomas intermediários que são muito mais sutis – e muitos deles são específicos para a mãe que apresenta esses sintomas. Em outras palavras, os sintomas nem sempre são únicos.

É por isso que o termo Transtornos de Ansiedade e Humor Perinatais (da sigla PMADs, em inglês, Perinatal Mood and Anxiety Disorders) está rapidamente se tornando a denominação padrão ao se discutir as condições de saúde mental materna. “Os PMADs referem-se a um grupo de sintomas de saúde mental que ocorrem antes e depois do parto e que persistem por até um ano ou mais, que são caracterizados por mudanças no humor que podem interferir na capacidade da mulher de lidar com as tarefas do dia a dia, incluindo o vínculo com ela com o filho”, diz Patricia De Marco Centeno, médica, psiquiatra reprodutiva e diretora médica do Programa de Saúde Mental Materna do Hospital Hoag em Newport Beach, Califórnia.

Para entender melhor como os sintomas da depressão pós-parto se manifestam – e como eles realmente são – a Parents reuniu mulheres reais que sofreram e sobreviveram à DPP. Aqui estão os sintomas mais comuns, com base nas experiências delas:

Para saber mais detalhes sobre o assunto e como pedir ajuda, basta acessar nossa matéria completa sobre o tema.


Palavras-chave
Comportamento Família Mãe fertilização in vitro relato desabafo

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