Publicado em 26/02/2019, às 08h56 - Atualizado às 11h55 por Emily Santos, filha de Maria Teresa e Francisco
Uma mãemoradora de Campo Grande (MS) usou um grupo de Facebookvoltada à população local para fazer uma denúncia de negligência médica que aconteceu na última quarta-feira (20).
A mulher que não foi identificada relatou que levou os filhos, um bebê de 10 meses e um menino de5 anos, à Unidade Básica de Saúde da Família (UBSF) para atendimento emergencial, já que os dois não paravam de vomitar.
De acordo com o depoimento da mãe, a médica, que também não teve nome divulgado, se recusou a atender as criançase a mãe saiu do consultório chorando.
Ela explicou que após ser orientada pelo 192 a ir buscar atendimento na UBSF, chegou à unidade por volta das 7h40. “Nesse tempo meu filho vomitou todo em cima de mim e se retorcia de dor na barriga”, contou em sua publicação. Ela passou pela triagem por volta das 10h, quando tudo aconteceu.
A médica teria perguntado quem era o médico que acompanhava as crianças, ao que a mãe respondeu que, como na UBSF não havia pediatrassuficientes, pegava consultas mensais privadas para os filhos.
“Aí ela disse num tom de deboche: ‘Mas você está errada. Como não vem aqui?'”, relatou a mãe, que diz ter ouvido em seguida: “Uai, mas na hora que aperta você vem procurar a gente né?”
“Vamos discutir isso outra hora, só examina ele, estou toda vomitada, ele está com dor. Ou então me diz que não pode que eu dou um jeito e procuro outro lugar”, a mãe disse à médica que, ao ouvir isso, amassou a ficha das crianças.
Disse para eu sair da sala, que não ia me atender porque ela não é obrigada a atender. Eu saí da sala chorando e disse que a denunciaria. A mesma ainda me repetiu que eu podia fazer, pois não daria nada. Porque ela não era obrigada a atender gente mal educada”, completou a mãe em seu relato.
A mãe ainda diz ter procurado a gerência da UBSF, mas foi orientada a voltar mais tarde. “Nunca me senti tão fraca, tão humilhada. Gente é um bebê… só um bebê que está doente. Me diz como um ser desumano tem a coragem de se dizer médica?”, escreveu ela no fim de seu relato.
Resposta da Secretaria de Saúde local
A Sesau respondeu que as perguntas que a médica fez para a mãe tinham como objetivo descobrir mais sobre o histórico médico das crianças para direcioná-los ao atendimento adequado. Ainda de acordo com a secretaria, não havia a intenção de ofender ou constranger.
Quando à negativa do atendimento, a médica estava responsável por classificar os casos para que outros médicos fizessem os atendimentos pontuais.
A Sesau completou que “lamenta esse tipo de situação” e reforça a “necessidade do entendimento e colaboração entre as partes”. Um processo administrativo será aberto para que a denúncia seja encaminhada, mesmo que a conduta da profissional não ter tido nenhuma inconformidade.
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