Publicado em 22/05/2024, às 16h00 por Yulia Serra, Editora | Filha de Suzimar e Leopoldo
As enchentes no Rio Grande do Sul marcaram uma tragédia sem precedentes no histórico brasileiro. As fortes chuvas que caíram na região levaram a uma inundação. As vítimas continuam a ser resgatadas, mas outro perigo se mostrou visível nesse cenário: a leptospirose, uma doença infecciosa causada por uma bactéria, geralmente transmitida pela urina de animais infectados.
A preocupação se tornou ainda maior com o primeiro caso confirmado de morte devido à doença na região. Diante do cenário, conversamos com o infectologista Dr. Gerson Salvador, pai de Laura, Lucas e Luís sobre os sintomas, tratamento, prevenção e informações sobre a leptospirose para garantir a saúde da família.
A leptospirose é uma infecção causada pela bactéria chamada leptospira. Essa infecção pode ser sintomática ou até assintomática. A maior parte das pessoas apresentará quadros leves da doença, cujas manifestações são dor de cabeça, principalmente dor muscular, dor nas pernas e febre. Associado a isso, é possível ter enjoo, desconforto gastrointestinal, uma alteração na conjuntiva do olho... Tudo isso está no contexto das formas mais leves da leptospirose.
A maior parte das pessoas que tem essa forma leve, com ou sem tratamento, vai melhorar. Então é uma doença que em via de regra, é autolimitada. Porém, algumas pessoas vão ter manifestações tardias, em que a pessoa chega a apresentar um quadro febril por menos de uma semana seguida da segunda fase, com a piora da febre, a pessoa fica bem amarelada e com hemorragias. Isso pode ser visto pela pele, com aquelas manchas e pode ter sangramentos nas diversas partes do corpo. Nesta manifestação grave, também é comum a insuficiência renal. Essa forma grave da leptospirose é conhecida como síndrome de Weil.
Basicamente, tem a forma assintomática, a leptospirose na sua forma leve e mais frequente, e a leptospirose ictérica (conhecida como síndrome de Weil).
A leptospirose é uma doença transmitida pela leptospira, que por sua via é transmitida pela urina de mamíferos infectados, principalmente ratos. "Então, pessoas que têm contato direto com esgoto ou com água de enchente (principalmente se esse contato for prolongado), têm bastante exposição", explica o especialista. Por isso, quem se enquadra nessas características e apresenta febre, dor muscular e dor de cabeça (ou até os sintomas mais graves da doença) deve considerar a leptospirose como uma possibilidade.
Qualquer pessoa com uma doença febril, dor no corpo e dor de cabeça deve procurar atendimento médico. Nessa fase, a leptospirose leve tem sintomas muito parecidos com a dengue, por exemplo. Então é indicado procurar atendimento justamente para ter classificado a sua gravidade. Mas nesse período, você pode procurar uma unidade básica de saúde ou de pronto atendimento. Segundo o especialista não há necessidade de procurar emergência de hospital.
O paciente com formas leves de leptospirose vai ser tratado com antibióticos por via oral, a doxiciclina e a amoxicilina, num curso de 5 a 7 dias, a depender da avaliação médica, conforme indica Dr. Gerson. Para as formas graves, além de antibióticos na veia, como a penicilina ou ceftriaxona, o paciente tem que ser hospitalizado e muitas vezes preciasará ser submetido a hemodiálise pelo menos por um tempo, e também precisará de suportes em caso de sangramento com transfusões. No caso da síndrome de Weil, é necessário que o paciente seja internado na UTI.
Sim. "Como falei, dentro dos casos sintomáticos, a maioria será leve e um antibiótico será indicado, e mesmo os casos graves de leptospirose, a gente consegue, sim, ter tempo de recuperação, notadamente se for uma pessoa que tinha boas condições de saúde imediatamente antes dessa forma grave", pontua. O doutor ainda afirma que já tratou diversas pessoas em casos gravíssimos da doença (com intubação, ventilação mecânica) e conseguiu ver elas plenamente recuperadas. Mas ele alerta: "As formas graves põem em risco a vida, sim, não é desprezível o risco da pessoa inclusive morrer, mas felizmente muitas pessoas se recuperam completamente e retornam para sua vida como eram antes da doença".
É uma doença infecciosa, mas o contágio ou infecção se dá através da urina, da água ou do solo contaminado com a urina do animal infectado pela bactéria leptospira. Então, é nesse contexto que é possível ser transmitido.
A prevenção da leptospirose vai se dar em primeiro lugar com os cuidados do meio ambiente. O infectologista alerta: "É fundamental ter uma rotina de cuidados com os esgotos, tratamento da água, por todos os agentes públicos". Em segundo lugar, as pessoas com risco ocupacional têm que usar equipamentos de proteção individual adequado (botas, luvas...) quando estiverem em contato com a água. Ele completa: "E do ponto de vista de exposição, é possível fazer o profilaxia com atibiótico, mas ela só é indicada para pessoas que tem esse contato por uma longa duração com água de enchente". Vale ressaltar também que não há vacina validada disponível ainda contra leptospirose.
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